Programa de exercício terapêutico aquático e sua influência nos níveis pressóricos de mulheres menopausadas / Aquatic therapeutic exercise program and its influence on blood pressure levels in menopausal women
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv8n1-511Keywords:
Hidroterapia, Pressão Arterial, Menopausa, Fisioterapia.Abstract
No Brasil, a população vem passando por um rápido processo de envelhecimento, devido à significativa redução da taxa de fecundidade e aumento da longevidade dos brasileiros. Com as mulheres vivendo mais e a consequente interrupção da função ovariana, elas se tornam mais sujeitas às doenças crônicas comumente associadas a menopausa, como a hipertensão arterial. Diante disso, este estudo teve como objetivo analisar a influência de um programa de hidrocinesioterapia nos níveis pressóricos de mulheres menopáusicas. Trata-se de um estudo de intervenção, do tipo longitudinal, realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba, no período de fevereiro de 2018 e março de 2019. Participaram desta amostra 17 mulheres, na faixa etária entre 60 e 70 anos, menopáusicas e sedentárias com um ano de amenorreia. As participantes foram submetidas a um programa de hidrocinesioterapia em piscina aquecida, dois dias por semana, durante uma hora e meia cada sessão. Os dados coletados foram analisados utilizando-se o software SPSS. Foi utilizado o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade da amostra e o teste de Wilkoxon para comparar as medidas antes e após a intervenção, adotando um nível de confiabilidade de 95% e p < 0,05%. Ao comparar-se as pressões finais do 1º dia de sessão as finais do 30º dia, houve uma diminuição estatisticamente significativa. Além disso, no período pós intervenção, os níveis de pressões arteriais sistólica e diastólica, foram significativamente menores, havendo uma redução média de 6,5 mmHg da pressão arterial sistólica e 6,0 mmHg da diastólica.
References
ARCA, E. A.; FIORELLI, A.; RODRIGUES, A.C. Efeitos da hidrocinesioterapia na pressão arterial e nas medidas antropométricas em mulheres hipertensas. Rev. Bras. Fisioter. São Paulo, v. 8, n. 3, p. 279-83, ago. 2004.
CARNEIRO, L. A. F. et al. Envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro [recurso eletrônico] / Instituto de Estudos de Saúde Suplementar – São Paulo: IESS [org], 2013. Disponível em: < https://www.ibedess.org.br/imagens/biblioteca/939_envelhecimentopop2013.pdf>.
CAROMANO, F. A.; NOWOTNY, J. P. Princípios físicos que fundamentam a hidroterapia. Fisioterapia Brasil., São Paulo, v. 3, n.6, p. 1-9, nov/dez. 2002.
DE LORENZI, D. R. S. et al. Fatores indicadores da sintomatologia climatérica. Rev Bras Ginecol Obstet., [s.l.], v. 27, n. 1, p. 7-11, jan. 2005.
GIMENES, R. O. et al. Impacto da fisioterapia aquática na pressão arterial de idosos. O mundo da saúde. São Paulo, v. 32, n. 2, p. 170-175, abr/jun. 2008.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro; 2012.
KABUKI, M. T.; SÁ, T. S. Os efeitos da hidroterapia na hipertensão arterial e frequência cardíaca em pacientes com AVC. Rev Neurocienc. São Paulo, v. 15, n. 2, p. 131-134, jul. 2007.
KELLER, K. D.; KELLER, B. D.; AUGUSTO, I. K.; BIANCHI, P. D.; SAMPEDRO, R. M.
F. Avaliação da pressão arterial e da frequência cardíaca durante imersão em repouso e caminhada. Fisiot. Mov., Curitiba, v. 24, n. 4, p. 729-36, out/dez. 2011.
LATERZA, M. C.; RONDON, M. U. P. B.; NEGRÃO, C. E. Efeito anti-hipertensivo do exercício. Rev Bras Hipertens., São Paulo, v. 14, n. 2, p. 104-11, abr/jun. 2007.
MACHADO, V. S. S. et al. Morbidades e fatores associados em mulheres climatéricas: estudo de base populacional em mulheres com 11 anos ou mais de escolaridade. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Campinas, v. 34, n. 5, p. 215-220, abr. 2012.
MOLZ, A. P.; POLL, F. A. Avaliação nutricional, estilo de vida e consumo alimentar relacionados com risco cardiovascular em mulheres na menopausa. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul/ Unisc, v. 14, n. 4, p. 186-192, out/dez. 2013.
MONTEIRO, M. F.; SOBRAL FILHO, D. C. Exercício físico e o controle da pressão arterial.
Rev Bras Med Esporte, Recife, v. 10, n. 6, p. 513-6, nov/dez. 2004.
OLIVEIRA, L. B. et al. Efeitos da hidroterapia na hipertensão arterial sistêmica (has): uma revisão bibliográfica. Revista Científica da Escola da Saúde, Natal, v. 2, n. 2, p.65-75, mar. 2013.
SAMSIOE, G. et al. The Women's Health in the Lund Area (WHILA) study—An overview. Maturitas, [s.l.], v. 65, n. 1, p.37-45, jan. 2010.
SILVA, J. L. L.; SOUZA, S. L. Fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica versus estilo de vida docente. Revista Eletrônica de Enfermagem, Goiânia, v. 06, n. 03, p. 330- 335, dez. 2004.
THE NORTH AMERICAN MONOPAUSE SOCIETY. Prática clínica na menopausa: Um guia médico. 4ª ed. Traduzido por SOBRAC. 2010. Disponível em
<http://sobrac.org.br/parceria_nams_north_american_menopause_society_e_sobrac.html>
THE NORTH AMERICAN MONOPAUSE SOCIETY. Guia da menopausa: Ajudando a mulher climatérica a tomar decisões informadas sobre a sua saúde. 7ª ed. Traduzido por SOBRAC. 2013. Disponível em <http://sobrac.org. br/media/files/publicacoes/00001261_a12361_leigos_rev2mcowfinal.pdf>
TOSCANO, M. C. As campanhas nacionais para detecção das doenças crônicas não transmissíveis: diabetes e hipertensão arterial. Ciência & saúde coletiva [Internet], [s.l], v. 9, n. 4, p. 885- 895, out. 2004.
V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. São Paulo: Sociedade Brasileira de Hipertensão; 2006.