Controle de qualidade microbiológica de produtos não estéreis / Microbiological quality control in non-sterile products

Authors

  • Nathália dos Reis Vieira
  • Wânia de Oliveira Vianna
  • Jacqueline Fátima Martins de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-208

Keywords:

Produtos não estéreis, Controle de qualidade, Contaminação microbiológica, Farmacopéia, Medicamentos

Abstract

Produtos não estéreis são aqueles nos quais se admite a presença de carga microbiana, embora limitada, tendo em vista as características da utilização do produto. A atenção no monitoramento e controle desses produtos não estéreis assegura que a carga microbiana residente, seja esta no aspecto qualitativo ou quantitativo, não comprometa e não interfira na qualidade final e na segurança do paciente, sendo que os valores de referências são definidos pelas Farmacopeias. O presente trabalho tem como objetivo determinar a contaminação microbiana em produtos farmacêuticos. Para isso, realizou-se um levantamento dos laudos e boletins analíticos emitidos no período de janeiro a junho de 2016, onde foi realizada a análise microbiológica para pesquisa e contagem de bactérias, bolores, leveduras. Foram analisadas 774 amostras, das quais 42 (5,4%) estavam fora das conformidades. Dentre elas, produtos oriundos de farmácias magistrais apresentaram maior incidência de contaminação (9,36%), dos quais 1,81% apresentaram contaminação por Pseudomonas aeruginosa, 0,9% contaminação por Escherichia coli, e 2,42% por Staphylococcus aureus. Quanto aos produtos não aquosos para uso oral, 3% demonstraram-se fora das especificações farmacopeicas. Diante dos resultados obtidos, observa-se a necessidade de reforço e monitoramentos nas boas práticas de fabricação, principalmente em produtos oriundos de farmácias magistrais.

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Published

2020-01-20

How to Cite

dos Reis Vieira, N., Vianna, W. de O., & de Almeida, J. F. M. (2020). Controle de qualidade microbiológica de produtos não estéreis / Microbiological quality control in non-sterile products. Brazilian Journal of Development, 6(1), 2889–2901. https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-208

Issue

Section

Original Papers