O ensino da língua portuguesa para surdo considerando a aquisição da linguagem como processo fundamental de aprendizagem/ The portuguese deaf language teaching considering the acquisition of language as a key learning process
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n1-114Keywords:
Educação de Surdos, Docência. Ensino de Língua Portuguesa como L2. Aquisição da linguagem. Inclusão.Abstract
A primeira língua (L1) a ser adquirida é a língua materna e para maioria dos brasileiros é a Língua Portuguesa (LP), que é a língua padrão e majoritária, toda língua é fruto de um processo de aquisição que ocorre de maneira natural e espontânea, porém para a comunidade surda essa língua mãe é a língua brasileira de Sinais (LIBRAS), com suas especificidades no que tange a modalidade gestual-visual. Diante dessa necessidade de entender essas diferenças, procuramos estudar primeiramente o processo de aquisição de linguagem para poder compreender como é possível a realização de práticas pedagógicas voltadas para a educação de surdos e todo o contexto em que esse indivíduo esteja inserido. Esta pesquisa teve por finalidade observar e analisar os procedimentos metodológicos de uma escola especializadas para o ensino de surdos na cidade de Belém/Pa, com o intuito de saber como se dá o ensino de língua portuguesa (LP) como segunda língua na modalidade escrita para esses alunos, levando em consideração a sua língua materna (L1) (Língua Brasileira de Sinais - Libras). Embasado nas teorias dos autores de referência desse tema, como Ronice Quadros e Lodenir Karnopp e Magalli Schmiedt, Carlos Skiliar, Oliver Sacks, Karin Strobel, Audrei Gesser e Vera Lúcia Paiva, entre outros. Diante dessa perspectiva foi feito uma pesquisa de campo exploratória e explicativa, com o objetivo de investigar como a professora da 4º série do ensino fundamental aplica ao estudo de LP, bem como observar se os alunos em questão assimilam os conteúdos desenvolvidos em sala. Durante a pesquisa percebeu-se que a escola não atende de maneira favorável o ensino de LP como L2, isso não ocorre por falta de estrutura física, ou por amparo legal por parte do Estado, e sim pelos profissionais envolvidos que ainda precisam adequar-se no que tange as especificidades dos alunos surdos, embora todos tenham a competência para tal exercício.
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