A sala de aula invertida como estratégia do desenho universal para a aprendizagem na educação profissional / The inverted classroom as a universal design strategy for learning in vocational education

Authors

  • Jordana Tavares de Lira
  • Joelze Linhares de Araújo
  • Rafaela Reinaldo Lima
  • Fábio Alexandre Araújo dos Santos
  • José Araújo Amaral

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv5n11-168

Keywords:

Desenho Universal para a Aprendizagem, Inclusão, Sala de aula invertida, Educação Profissional.

Abstract

Esta pesquisa desenvolveu-se no âmbito da disciplina de Práticas Educativas em Educação Profissional e Tecnológica do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica em Rede (ProfEPT) - Polo Mossoró. Este artigo de cunho científico objetiva discutir a sala de aula invertida como prática pedagógica inclusiva, tomando como base os princípios do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA). A pesquisa foi norteada a partir da seguinte questão: de que maneira a sala de aula invertida pode ser utilizada como estratégia do modelo de Desenho Universal para Aprendizagem? Trabalhar com a diversidade em sala de aula é um dos maiores desafios da prática docente. Neste contexto, o Desenho Universal para a Aprendizagem, abordagem pedagógica que contempla estratégias de ensino acessíveis a todos os alunos em sala, surge como uma alternativa para melhorar o acesso ao conhecimento e assegurar o direito de todos à educação, respeitando o pensamento inclusivo. As metodologias ativas são estratégias que podem promover uma dinâmica diferenciada, valorizando o protagonismo do aluno. A exemplo disso, pode-se citar o método proposto pela sala de aula invertida, que consiste em trabalhar atividades práticas na aula presencial e transferir, para fora dela, o estudo dos conteúdos conceituais, enfatizando a necessidade do desenvolvimento de atitudes, habilidades e conhecimentos necessários aos dias atuais. Dessa forma, o aluno passa a assumir responsabilidade por sua aprendizagem, trabalhando habilidades cognitivas e socioemocionais, que norteiam a Educação Profissional e Tecnológica, como: reconhecimento da diversidade dos sujeitos, contextualização, flexibilidade e interdisciplinaridade na utilização de estratégias educacionais favoráveis à compreensão de significados, através da construção colaborativa do conhecimento. Logo, faz-se necessário refletir sobre o planejamento de atividades pedagógicas inclusivas que contemplem o modelo de Desenho Universal. Para isso, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, recorrendo a autores como: Bergmann e Sams (2012; 2016), Araújo e Mazur (2013), Kranz (2015), Carvalho (2008), Vygotsky (1984) Frigotto; Ciavatta; Ramos (2005) e Barato (2008). O artigo inicia-se com definições conceituais que envolvem a temática em questão, em seguida, realiza uma reflexão sobre os pensamentos dos teóricos acerca da sala de aula invertida, com aplicação no Desenho Universal para Aprendizagem no contexto da Educação Profissional. Logo após, destacam-se os desafios e as possibilidades de um planejamento que contemple princípios da educação inclusiva. Por fim, considerou-se importante a discussão apresentada por despertar um novo olhar sobre a possibilidade de integração entre práticas pedagógicas, com ênfase na sala de aula invertida, na Educação Profissional e Tecnológica no âmbito da Educação Inclusiva.

References

ARAÚJO, I. S.; MAZUR, E. Instrução pelos Colegas e Ensino sob Medida: Uma proposta para engajamento dos alunos no processo de ensino-aprendizagem de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 30, n. 2, 2013.

BARBOSA, E. F.; MOURA, D. G. Metodologias ativas de aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica. B. Tec. Senac, Rio de Janeiro, v. 39, n.2, p.48-67, maio/ago. 2013.

BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de Aula Invertida – Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Ltda. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf. Acesso em: 23 abr. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução Nº 6, de 20 de setembro de 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Profissional Técnica de Nível Médio. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=11663-rceb006-12-pdf&category_slug=setembro-2012-pdf&Itemid=30192. Acesso em 23 abr. 2019.

BRASIL. Observatório do PNE. Disponível em <http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/11-educacao-profissional>. Acesso em: abril. 2019.

CARVALHO, Rosita Edler. Escola inclusiva: a reorganização do trabalho pedagógico. Porto Alegre: Mediação, 2008.

CAST. Design for Learning guidelines – Desenho Universal para a aprendizagem. APA Citation: CAST, 2011 (Universal version 2.0. - www.cast.org / www.udlcenter.otg - tradução). Disponível em : <http://www.udlcenter.org/sites/udlcenter.org/files/Guidelines_2.0_Portuguese.pdf>. Acesso em: 22 abr.2015.

CORREIA, S.; CORREIA, P. Acessibilidade e desenho universal. In: CORREIA, S. CORREIA, P. Educação Especial - Diferenciação do Conceito à Prática. Porto: Gailivro, 2005. (Encontro Internacional). (p.29-50)

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 36. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009.

FRIGOTTO, Gaudêncio. CIAVATA, Maria. RAMOS, Marise. Ensino Médio Integrado: Concepção e Contradições. São Paulo: Cortez, 2005.

MORAN, J. Mudando a educação com metodologias ativas. In: SOUZA, Carlos Alberto de; MORALES, Ofelia Elisa Torres (orgs.). Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Coleção Mídias Contemporâneas. vol. II. Ponta Grossa: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015.

Published

2019-11-16

How to Cite

de Lira, J. T., de Araújo, J. L., Lima, R. R., Araújo dos Santos, F. A., & Amaral, J. A. (2019). A sala de aula invertida como estratégia do desenho universal para a aprendizagem na educação profissional / The inverted classroom as a universal design strategy for learning in vocational education. Brazilian Journal of Development, 5(11), 24882–24892. https://doi.org/10.34117/bjdv5n11-168

Issue

Section

Original Papers