Forma incomum da Síndrome de Takotsubo manifestando-se com choque circulatório no pós-operatório de cirurgia ginecológica: relato de caso e revisão de literatura / Unusual form of Takotsubo Syndrome manifesting with circulatory shock in the postoperative period of gynecological surgery: case report and literature review
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv7n6-223Keywords:
Síndrome de Takotsubo, Cardiomiopatia induzida por estresse, Disfunção ventricular esquerda, Choque circulatório, Ecocardiografia à beira leito.Abstract
A Síndrome de Takotsubo é uma patologia com baixa incidência e largo espectro clínico por muitas vezes subdiagnosticada, que cursa com disfunção regional reversível ventricular. Relatada pela primeira vez em 1990, no Japão, por Sato e colaboradores. A apresentação clínica é semelhante à de uma síndrome coronariana aguda tendo como sintomas mais comuns a dor torácica retroesternal aguda, dispneia e síncope. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma paciente diagnosticada com a Síndrome de Takotsubo em uma forma incomum, médio-ventricular, manifestando-se com choque circulatório no pós-operatório de cirurgia ginecológica, além de fazer uma revisão bibliográfica sobre o tema. Trata-se, portanto, de um estudo de caso clínico, exploratório, retrospectivo e de natureza descritiva. Destaca-se a importância da ecocardiografia transtorácica à beira leito, no protocolo de point of care, para auxílio diagnóstico deste caso, sendo considerado o fator determinante para a decisão terapêutica inicial, garantindo um desfecho favorável a paciente. Por se tratar de uma doença rara os estudos consolidados com a Síndrome de Takotsubo ainda são limitados e pouco difundidos, sendo necessário mais relatos e pesquisa sobre o tema.
References
– Ghadri J-R, Wittstein IS, Prasad A, et al. International Expert Consensus Document on Takotsubo Syndrome (Part I): Clinical Characteristics, Diagnostic Criteria, and Pathophysiology. European Heart Journal. 2018;0:1-15.
– Ghadri J-R, Wittstein IS, Prasad A, et al. International Expert Consensus Document on Takotsubo Syndrome (Part II): Diagnostic Workup, Outcome, and Management. European Heart Journal. 2018;0:1-16.
– Amaral WAEF, Miranda Z, Miranda G, et al. Disfunção ventricular apical transitória (Síndrome de Takotsubo): uma revisão da literatura. Arq Catarin Med. 2014;43(4):70-76.
– Lemos AET, Araújo ALJ, Lemos MT, et al. Síndrome do Coração Partido (Síndrome de Takotsubo). Arq Bras Cardiol. 2008;90(1):1-3.
– Templin C, Ghadri JR, Diekmann J, et al. Clinical Features and Outcomes of Takotsubo (Stress) Cardiomyopathy. N Engl J Med. 2015;373:929-938.
– Kurowski V, Kaiser A, von Hof K, et al. Apical and midventricular transient left ventricular dysfunction syndrome (tako-tsubo cardiomyopathy): frequency, mechanisms, and prognosis. Chest. 2007;132(3):809-816.
– Maciel BA, Cidrão AAL, Sousa IBS, et al. Pseudoinfarto agudo do miocárdio devido à síndrome da disfunção ventricular apical transitória (síndrome de Takotsubo). Rev Bras Ter Intensiva. 2013;25(1):63-67.
– Dec GW. Recognition of the apical ballooning syndrome in the United States. Circulation. 2005;111:388-390.
– Akashi YJ, Goldstein DS, Barbaro G, et al. Takotsubo cardiomyopathy: a new form of acute, reversible heart failure. Circulation. 2008;118:2754-2762.
– Kumar S, Kaushik S, Nautiyal A, et al. Cardiac rupture in takotsubo cardiomyopathy: a systematic review. Clin Cardiol. 2011;34(11):672-676.
– Almeida Junior GLG, Mansur Filho J, De Albuquerque DC, et al. Registro Multicêntrico de Takotsubo (REMUTA) – Aspectos Clínicos, Desfechos Intra-Hospitalares e Mortalidade a Longo Prazo. Arq Bras Cardiol. 2020; 115(2):207-216.
– Barbosa RR, da Silva M, Demian MVM, et al. Variant Type of Stress Cardiomyopathy: Inverted Takotsubo Syndrome. International Journal of Cardiovascular Sciences. 2019;32(2):197-200.
– Casaroto E, Mohovic T, Pinto LM, et al. Ecocardiografia à beira leito em pacientes graves. Einstein. 2015;13(4):644-646.
– Via G, Hussain A, Wells M, et al. International Evidence-Based Recommendations
for Focused Cardiac Ultrasound. Journal of the American Society of Echocardiography. 2014;27(7):683.e1-e33.