O agir comunicacional de Jürgen Habermas na relação médico-paciente / Medical education: language and communication action
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv7n6-171Keywords:
Educação médica, Linguagem, Ação comunicativa, Pesquisa qualitativa.Abstract
Neste artigo procura-se estabelecer críticas ao modelo tradicional do ensino de formação de profissionais da área de saúde. É uma pesquisa qualitativa, teórica, com base na Teoria do Agir Comunicativo de Habermas. As categorias analisadas são: a linguagem (construção coletiva de identidade) e a ação comunicativa (razão comunicativa). As políticas de formação desses profissionais, oriundas de um modelo desagregado do contexto social e cultural e voltadas ao mercado do trabalho, distanciam-se do mundo subjetivo habermasiano. Distanciam-se também da formação omnilateral necessária para transformação e inserção social no contexto de uma modernidade tardia. As políticas instituídas reforçam e reproduzem o modelo neoliberal, quando, essencialmente não agregam a possibilidade de inclusão do outro e não estabelecem a possibilidade do diálogo como processo de (re) construção das relações humanas, em especial, da relação médico-paciente.
References
Boufleuer, J. P. (2001). Pedagogia da ação comunicativa: uma leitura de Habermas. Ijuí, R.S: Unijuí.
Brasil. (2001). MEC/CNE/CSE. Diretrizes Nacionais Curriculares do Curso de Graduação em Medicina. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 4/2001. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de novembro de 2001. Seção 1, 38.
Brasil. (2014). MEC/CNE/CSE. Diretrizes Nacionais Curriculares do Curso de Graduação em Medicina. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES 3/2014. Diário Oficial da União, Brasília, 20 de junho de 2014. Seção 1, 38.
Carollo, C.L. (1997). Decadísmo e simbolismo no Brasil. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. Chennoufi, R. (2013). Habermas: la raison publique. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin.
Costa, J. A. (1996). Imagens organizacionais da escola. Lisboa, Portugal: ASA Editores.
Freire, P. (1998). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, P. (1999). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freitag, B. (2005). Dialogando com Jürgen Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.
Habermas, J. (1986). Autonomy and solidarity: interviews with Jürgen Habermas. London: Ed. Verso. Habermas, J. (1987a). Tecnica e ciência como ideologia. Lisboa: Edições 70.
Habermas, J. (1987b). Théorie de l’agir communicationnel. Tome premier: rationalité de l’agir et rationalisation de la société. Traduit de l’allemand par Jean-Louis Schegel. Paris: Fayard.
Habermas, J. (1987c). Théorie de l’agir communicationnel. Tome second: critique de la raison
fonctionnaliste. Traduit de l”allemand par Jean-Louis Schegel. Paris: Fayard.
Habermas, J. (2013). Teoria e práxis : estudos de filosofia social. São Paulo : Editora Unesp. Marcuse, H. (2004). Razão e revolução: Hegel e o advento da teoria social. São Paulo: Paz e Terra.
Stotz, E. N. (1993). Enfoque sobre educação e saúde. In: Valla, V.V. & Stotz, E.N. (orgs). Participação, educação popular e saúde: teoria e prática. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.