A Prevalência de Sintomas Depressivos em estudantes de medicina no Brasil: uma revisão sistemática / The Prevalence of Depressive Symptoms in students medicine in Brazil: a systematic review
Abstract
A depressão é uma das condições médicas com maior impacto epidemiológico a nível mundial. Em especial, os acadêmicos de medicina apresentam um maior índice epidemiológico, devido a uma exposição constante de estresse, pressão e cobrança. Assim, indivíduos que possuem uma maior predisposição ao desenvolvimento de depressão e o contato com fatores que viabilizam seu desencadeamento, poderão vir a desenvolver quadros depressivos1. Este trabalho possui como objetivo principal revisar a literatura científica acerca da prevalência de sintomas depressivos em acadêmicos de medicina no Brasil. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura. Foi realizado uma busca em fevereiro de 2020, nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MedLine) com idiomas em português e inglês utilizando os descritores: depressão, estudantes de medicina e Brasil. Os critérios de elegibilidade foram: artigos publicados em português e inglês, disponíveis na íntegra, no período de 2015 a 2020, utilizando como instrumento o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e amostra composta por estudantes de medicina de faculdades brasileiras. Foram excluídas revisões, teses e dissertações, artigos de opinião, série de casos e relatos de caso. A partir da pesquisa nas bases de dados, 39 trabalhos foram identificados: SciELO (n=5), LILACS (n=5) e Medline (n=29). Após a busca de trabalhos duplicados e da leitura dos títulos e resumo 32 trabalhos foram excluídos por não contemplarem o objetivo da revisão. Por fim, 4 trabalhos com delineamento transversal, preencheram os critérios de elegibilidade, após a leitura do texto completo. Sendo assim, a idade média dos voluntários nos estudos foi de 22,1 anos, com variações 19 a 24,1 anos de idade com representatividade do sexo masculino e feminino. A média dos sintomas depressivos foi de 34,7%, com variações de 20,4% a 60%, sendo: média de sintomas leves 24,4%, com variações de 14,6% a 31,6%; média de sintomas moderados foi de 8,4%, com variações de 4% a 22,3%; e média de sintomas graves foi de 2%, com variações de 0% a 6,7%2,3,4,5. Conclui-se que os dados apresentados indicaram uma quantidade significativa de acadêmicos com sintomas depressivos no Brasil. Este resultado certamente ocorre devido a uma intensa carga horaria, atividades curriculares e extracurriculares, privação de sono e outros fatores institucionais e pessoais.
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DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-381
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