Dermatite de contato alérgica a lanolina: um relato de caso / Lanolin allergic contact dermatitis: a case report
Abstract
Introdução: A pele é o maior órgão do corpo humano, reconhecida como órgão periférico do sistema imune por apresentar mecanismos próprios, cujas propriedades de defesa variam de acordo com o local e sua espessura (MOTTA et al, 2011). As dermatites de contato são associadas a desregulações da autoimunidade, cujo agente causador é relacionado a penetração percutâneas que costuma ser subdivididas em irritativas e alérgicas (SBD, 2017). Relato de caso: V. B. S. P., 18 anos, negra, estudante e sem histórico de alergia ou hipersensibilidade na família, foi diagnosticada em 2016 com alergia a lanolina após o teste de contato. A paciente retornou em 2019 com um quadro mais brando dos mesmos sintomas, onde foi constatado o uso contínuo de produtos com traços de lanolina e quando questionada, afirmou que os produtos manipulados eram muito caros e demoravam para ficarem prontos. A recomendação de suspender o uso de produtos com lanolina continuou e foi pensada a possibilidade de iniciar tratamento com corticoides tópicos. Discussão: As dermatites alérgicas de contato (DCA) são desencadeadas por uma resposta imune específica contra determinados antígenos e substâncias, respondendo por uma reação do tipo IV da escala de Gell & Coombs, mediada por via aferente com a ativação de queratinócitos e liberação de citocinas inflamatórias, como IL-1, IL-6 e TNF-α, seguindo por via do linfócito Th1 (MOTTA et al, 2011). A sintomatologia é bastante variável, desde pequenos ardores até queimação e prurido (SBD, 2017). Assim, é necessário um teste de contato para diferenciar o agente causador e conduzir melhor a terapêutica. A primeira leitura do teste acontece após 48 horas e a segunda com 96 (MOTTA; KALIL; BARROS, 2005). Conclusão: Como uma doença que apresenta mediação do sistema imune, DCAs devem ter controle primário baseado no afastamento do agente irritante. O tratamento deve ser individualizado e os exames clínicos usados para complementar o diagnóstico.
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DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-301
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