Autolesão (cutting): uma problemática (não tão) oculta nas escolas públicas de Mossoró/RN / Autolesão (cutting): uma problemática (não tão) oculta nas escolas públicas de Mossoró/RN
Abstract
Chegamos ao século XXI com uma juventude fragmentada, adoecida, que não sabe lidar com os conflitos, com as frustrações e com a exposição excessiva nas redes virtuais. Alguns, então, acabam encontrando em práticas lesivas uma válvula de alívio para a dor existencial. Na escola, lócus de reunião dessa juventude, o problema se torna visível, já que em casa, na maioria das vezes, isso passa despercebido. Foi a partir dessa constatação que decidimos investigar qual o perfil dos alunos que praticam autolesão (cutting) em 3 escolas públicas do bairro Redenção/Mossoró-RN, através do desenvolvimento e aplicação de um questionário misto em turmas de 6° à 8 anos. Classificamos a pesquisa como de campo, pois fizemos coleta, análise e interpretação do fenômeno da autolesão nas escolas do bairro (contemplando um total de 300 alunos) lócus de nossa vivência educacional. Discutimos o tema a partir de Dinamarco (2011), Borges (2012) e Cruz e Sampaio (2014) e Aratangy et all (2018). Percebemos ao final da pesquisa que a maioria dos praticantes eram meninas, do 7° ano do Ensino Fundamental e que diziam ter muitos amigos e também conflitos com algum familiar. Concluímos que essas práticas auto lesivas não são apenas moda entre os jovens e sim uma problemática que, na maioria das vezes, permanece oculta, pois a família e a escola ainda não sabem como lidar e o jovem não encontra a quem recorrer.
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DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-193
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