REDE SOCIAL E RESISTÊNCIA: “Professores contra o Escola Sem Partido” monitoram projetos em tramitação no país / SOCIAL NETWORK AND RESISTANCE: "Teachers against the School Without Party" monitor projects in progress in the country
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n10-563Keywords:
Escola Sem Partido, Procedimento de Tradução, Redes Sociais e Insurgência.Abstract
Neste momento, por meio do computador, notebook, tablet ou smartphone, pessoas de todo o mundo interagem pelas redes sociais. Elas se conectam em rede, trocam mensagens, usam aplicativos de conversas instantâneas, postam fotografias e riem de “memes” que viralizam na Internet. Nesse meio virtual também há resistência e luta. Conforme analisa Primo (2013), a popularização das mídias digitais no ciberespaço contribuiu para a democratização da comunicação e revolucionou o modo de consumir e produzir conteúdo, fomentando a comunicação colaborativa. Nesse contexto, os movimentos sociais encontraram espaços para fincar suas bandeiras de luta. Este artigo tem como objetivo analisar um desses espaços de resistência nas redes sociais, relacionado à nossa pesquisa de mestrado que trata sobre o Projeto Escola Sem Partido. Nossa pesquisa resulta de uma inquietação relacionada à comunicação mediada na Internet, especificamente no Facebook, e tem como foco observar de que forma os movimentos de insurgência ressoam nas redes sociais. Partindo de um recorte da problematização teórica da pesquisa, utilizamos metodologicamente o procedimento de Tradução, do sociólogo Boaventura de Sousa Santos para analisar o trabalho de articulação, colaboração e registro desenvolvido pelos sujeitos da comunidade "Professores Contra o Escola sem Partido". Essa comunidade reúne mais de 74 mil pessoas no Facebook que defendem a autonomia docente e uma escola democrática. Os organizadores mapeiam todos os projetos de lei iguais ou semelhantes ao Escola Sem Partido em tramitação no País, além de reunir diversos pesquisadores sobre o tema. O monitoramento é organizado também em um blog (https://pesquisandooesp.wordpress.com/) produzido como parte da dissertação de mestrado “Escola Sem Partido”: Relações entre Estado, Educação e Religião e os Impactos no Ensino de História”, de autoria de Fernanda Pereira de Moura, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (ProfHistória/UFRJ).
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