Produção e avaliação de chips de goiaba (Psidium guajava L.) / Production and evaluation of guava (Psidium guajava L.) chips

Authors

  • Glawther Lima Maia
  • Daniele Maria Alves Teixeira Sá
  • Renata Teixeira Alencar
  • Rosanna Maria Araújo Cisne
  • Brenda Oliveira Vasconcelos
  • Darciane Rodrigues Fernandes
  • Edilson Mineiro Sá Júnior
  • João Borges Laurindo

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-614

Keywords:

Secagem, Desidratação, Liofilização.

Abstract

A goiaba (Psidium guajava L.) é uma fruta tropical climatérica de importância nutricional em termos de vitaminas C e A, além de elevadas concentrações de licopeno. Apresentam sementes ricas em ômega 6, ômega 3, proteínas, minerais, ácidos poli-insaturados e riboflavina. Possui altas taxas de respiração com uma vida útil muito curta. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um chip de goiaba através do processo de liofilização. Os frutos foram adquiridos no comércio local (Sobral, CE, Brasil) e após higienização foram descascados e cortados manualmente através de um bandolim profissional de 5 mm de espessura, congelados por 24h a -18 ± 1 ºC e submetidas a liofilização (Liotop, Modelo - L101, Brasil). Os chips foram caracterizados quanto à umidade (AOAC, 2012), ácido ascórbico (Método de Tillmans) e sólidos solúveis (refratometria), pH, textura (Stable Micro System, Modelo - TA-XT2-Plus) e cor (colorímetro portátil – Delta color - Colorímetro 2). O produto liofilizado apresentou uma umidade média de 7,4%, enquanto a umidade do produto in natura era de 85,6%. O teor de vitamina C passou de 21 mg/100g no produto in natura para 249 mg/100g no chip. O pH permaneceu próximo de 3,8. Para frutas secas, a textura contribui para a qualidade de um modo equitativo à de outras propriedades, como aroma, cor e aspectos do consumidor. A média das forças máximas exercidas foi de 4,2 N e apresentou aspecto gomoso. A partir da análise dos parâmetros L*, a* e b*, verificou-se que não ocorreu deterioração da cor dos frutos liofilizados, houve ganho de brilho (L*) e os chips apresentaram-se mais claros que os frutos frescos. Conclui-se que é possível produzir chips de goiaba mantendo-se as características nutricionais e uma boa apresentação visual

References

AOAC (2012). Methods of Analysis, 19th ed. Association of Official Analytical Chemists, Washington, DC.

BRASIL. Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. (2005). Regulamento técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais (Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005). Diário Oficial da República Federativa do Brasil.

CHAUHAN, AK, SINGH, S., SINGH, RP E SINGH, SP. (2015). Guava-enriched dairy products: a review. Indian J. Dairy Sci, v. 68, p. 1-5.

FAO/OMS (2001). Human Vitamin and Mineral Requirements. In: Report 7th Joint FAO/OMS Expert Consultation. Bangkok, Thailand. xxii + 286p. Disponível em: Acesso em: 19/07/2020.

HARDER, M. N. C.; BRAZACA, C. S. G.; ARTHUR, V. (2007). Avaliação quantitativa por colorímetro digital da cor do ovo de galinha poedeira alimentadas com urucum (Bixa orellana). Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias, v. 102, n. 563-564. p.339-342.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019). Produção Agrícola Municipal 2018. Rio de Janeiro: IBGE.

KADAM, M. D., KAUSHIK, P., & KUMAR, R. (2012). Evaluation of guava products quality. International Journal of Food Science and Nutrition Engineering, 2, 7–11.

MARQUES, L. G.; SILVEIRA, A. M; FREIRE, J. T. (2006). Freeze-Drying Characteristics of Tropical Fruits. Drying Technology, 24, 457–463.

MCGUIRE, R. G. (1992). Reporting of objective color measurements. HortScience, Alexandria, v. 27, n. 12, p. 1254-1555.

MOWLAH G, ITOO S (1983). Changes in pectic components, ascorbic acid, pectic enzymes and cellulase activity in ripening and stored guava (Psidium guajava L.). Nippon Shokuhin Kogyo Gakkaishi 30(8): 454–461

NIMISHA, S., Kherwar, D., Ajay, K. M., Singh, B., & Usha, K. Molecular breeding to improve guava (Psidium guajava L.) (2013). Current status and future prospective. Scientia Horticulturae, 164, 578–588.

OLIVEIRA, E.N.A.; SANTOS, D.C.; SOUSA, F.C.; MARTINS, J.N.; OLIVEIRA, S.P.A. (2010). Obtenção de uvaia desidratada pelo processo de liofilização. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial. V. 4, n.2: p.235-242.

SAHOO, N. R., PANDA, M. K., BAL, L. M., PAL, U. S., & SAHOO, D. (2015). Comparative study of MAP and shrink wrap packaging techniques for shelf life extension of fresh guava. Scientia Horticulturae, 182, 1–7.

STROHECKER, R.; HENNING, H.M. (1967). Análises de vitaminas: métodos comprovados, Madrid: Paz Montolvo. 428 p.

TACO - Tabela brasileira de composição de alimentos (2011). UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP. 4. ed. rev. e ampl. Campinas: UNICAMP/NEPA. 161 p. Disponível em: <http://www.unicamp.br/nepa/taco/tabela.php?ativo=tabela>. Acesso em: 30 mar. 2020.

Published

2020-08-27

How to Cite

Maia, G. L., Sá, D. M. A. T., Alencar, R. T., Cisne, R. M. A., Vasconcelos, B. O., Fernandes, D. R., Júnior, E. M. S., & Laurindo, J. B. (2020). Produção e avaliação de chips de goiaba (Psidium guajava L.) / Production and evaluation of guava (Psidium guajava L.) chips. Brazilian Journal of Development, 6(8), 62452–62460. https://doi.org/10.34117/bjdv6n8-614

Issue

Section

Original Papers