Clube Ijuí: relato sobre a evolução formal de um patrimônio eclético / Clube Ijuí: report on a formal evolution of an eccletic heritage

Authors

  • Hugo Henzel Steinner
  • Tarcisio Dorn de Oliveira
  • Denise de Souza Saad
  • Bruna Fuzzer de Andrade
  • Lurian Agostini

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-469

Keywords:

Patrimônio, Clube Ijuí, Art Déco.

Abstract

Este trabalho tem como objetivo relatar a evolução formal do Clube Ijuí, uma importante edificação de interesse patrimonial de estilo eclético na Cidade de Ijuí. Localizada no noroeste do Estado do Rio grande do Sul, Ijuí possui em sua conformação urbana, um acervo maioritariamente de estilo eclético visto que se trata de uma localidade com o processo de urbanização bastante recente. Dentre as edificações de interesse histórico destaca-se o Clube Ijuí que foi construído em meados de 1920, teve uma ampliação em 1934, a qual culminou em uma intervenção significativa na sua fachada e uma reforma em 1997 que pôs a edificação em uso social novamente, após um período em propriedade do poder publico municipal. Atualmente passa por pequenos reparos para manutenção. Este trabalho terá como base o levantamento produzido na disciplina de Projeto de Arquitetura VI, do Curso Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul, no segundo semestre do ano de 2018, além de pesquisas bibliográficas e documentais, estas últimas no acervo do próprio Clube e em outras instituições. Na pesquisa foi possível analisar as alterações ocorridas no decorer dos anos, as quais foram necessárias para o mantenimento do espaço e da memória da instituição social na Cidade. Nas intervenções ocorridas a edificação foi parcialmente descaraterizada em relação a sua forma e estilo arquitetônico originais, principalmente no que se refere à fachada, que tinha inspiração neoclassica e foi alterada para ao art déco na reforma de 1934. No processo de pesquisa foi constatado que tais intervenções muitas vezes eram executadas sem o acompanhamento de profissonais habilitados na area de arquitetura ou restauração, em função principalmente da gestão do clube. Entende-se que a preservação do patrimonio é essencial para a memória da Cidade e que intervenções são bem vindas desde que sejam para o mantenimento dos acervos históricos e preferencialmente seguindo critérios técnicos, evitando assim a perda dos mesmos.

References

ABREU, Maurício de Almeida. Sobre a memória das cidades. In: Revista da Faculdade de Letras – Geografia I série, Vol XIX, Porto 1998, p. 77-97.

BINDÉ, Ademar Campos. Ijuí: histórias revividas 100 anos de emancipação. 2012. Ijuí, Editora Líder, 346 p.

BRASIL. Lei 25/1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0025.htm>, 30 de novembro de 1937.

Bourdin, A. A Questão Local. Rio de Janeiro, DP & A Editora, 2001.

CARLOS, A. F. A. A (re)produção do espaço urbano. São Paulo: EDUSP, 1994.

COSTA, Otávio. Memória e paisagem: em busca do simbólico dos lugares. In: Espaço e Cultura, UERJ, RJ, Edição Comemorativa, p. 146-156, 1993-2008.

CHOAY. F. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo, Editora UNESP, 2001.

DIMENSTEIN, D. Educação patrimonial, memória e cidadania: a experiência dos professores de história da rede municipal de Jaboatão dos Guararapes - PE. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Formação de Gestores Culturais dos Estados do Nordeste) - Universidade Federal da Bahia, Bahia, 2017.

ELIADE, M. Imagens e Símbolos: ensaios sobre o simbolismo mágico-religioso. São Paulo. Martins Fontes, 1991.

FARIA Nathalie Danif Moreira de; WOORTMANN, Ellen Fensterseifer. A Educação Patrimonial como elemento de socialização para jovens em situação de risco. Revista Hospitalidade. São Paulo, v. VI, n. 2, p. 49-72, jun.- dez. 2009.

SILVA, Marilda Almeida da. Fragmentos: Vestígios que contam histórias Ijuhy (1890-1942). 2003. 266f. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Faculdade de Artes Visuais, Universidade Federal do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

MEIRA, Ana Luisa Goelzer. A restauração como disciplina. O patrimônio histórico e artístico nacional no Rio Grande do Sul no séc. XX: atribuição de valores e critérios de intervenção. 480 p. Tese (Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional) – Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. p. 71-92.

MACHADO, Gilmara de Cássia. O ensino da educação patrimonial nas escolas municipais de belo horizonte: análise das repercussões dos projetos paisagem de BH - uma descoberta e do projeto onde mora a minha história? 2010. 127 f. Dissertação (Mestrado em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local) - Instituto de educação continuada, pesquisa e extensão, Centro Universitário UNA, Belo Horizonte / MG, 2010.

SCHWERZ, Luciana. Ijuí: sua história e sua arquitetura pelo olhar da fotografia. 2014. 42 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em História) – Faculdade de história, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2014.

Carta de Burra. 1980. Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Burra%201980.pdf> Acesso em 8 de maio de 2019

Acervo do Clube Ijuí

Acervo do Museu Antropológico Diretor Pestana

Published

2020-07-20

How to Cite

Steinner, H. H., Oliveira, T. D. de, Saad, D. de S., Andrade, B. F. de, & Agostini, L. (2020). Clube Ijuí: relato sobre a evolução formal de um patrimônio eclético / Clube Ijuí: report on a formal evolution of an eccletic heritage. Brazilian Journal of Development, 6(7), 48343–48354. https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-469

Issue

Section

Original Papers