Efeito do uso de probióticos sobre a formação da saburra lingual e na diminuição da halitose: relato de caso clínico / Effect of use of probiotics on the formation of language saburat and the reduction of halitosis: clinical case report

Authors

  • Débora Rocha Nunes Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Juliane Pereira Butze

DOI:

https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-108

Keywords:

Halitose, Probióticos, Prevenção.

Abstract

A halitose é caracterizada por um cheiro desagradável exalado pela cavidade oral, podendo ter origem extra e/ou intra-oral. Dentre as principais causas intra-orais, a saburra lingual é a mais prevalente. Estudos relatam vantagens do uso de probióticos para o tratamento de afecções bucais. Alguns estudos ainda mostram uma redução significativa da saburra lingual e, assim, consequentemente da halitose. Portanto, o presente estudo teve como objetivo verificar se o uso de probióticos, na forma de filmes orodispersíveis são capazes de inibir a formação de saburra lingual após uso contínuo de 90 dias. Para isso, um paciente com queixa de halitose e acúmulo de saburra lingual foi selecionado. Para a avaliação da auto-percepção de halitose, foi aplicada uma Escala Visual Analógica (EVA) e a avaliação da saburra lingual se deu por um examinador treinado, através do Índice de Saburra Lingual (ISL). O paciente foi orientado quanto ao uso do probiótico, sendo lhe fornecido a dosagem necessária para todo o período do estudo. Seis filmes orodispersíveis para uso diário foram administrados oralmente, dois filmes após as principais refeições (café da manhã, almoço e janta). Os filmes orodispersíveis eram à base de Lactobacillus salivarius WB21 e 280 mg de xilitol. Após o período de 90 dias, se pode observar uma redução na auto-percepção de halitose do paciente, através da EVA, de 2,5 cm para 1 cm. Quanto ao ISL, a redução na formação da saburra foi bastante expressiva, de um escore de 8 para 1. Concluiu-se que no período de 90 dias do uso do probiótico, o paciente apresentou redução do ISL, bem como na auto-percepção de halitose pelo paciente.

 

 

 

References

ALLAKER RP, DOUGLAS CWI. Non-conventional therapeutics for oral infections. Virulence, 2015; 6: 196-207.

ALLAKER RP, STEPHEN AS, Use of Probiotics and Oral Health. Curr Oral Health Reports, 2017; 4: 309-318.

AMORIM JÁ, et al. Análise da relação entre a ocorrência da halitose e a presença de saburra lingual. RGO - Revista Gaúcha de Odontologia, 2011; 1 (59): 7-13.

ANUSHA R, et al. The magic of magic bugs in oral caity: Probiotics. Journal of Advanced Pharmaceutical Technology & Research, 2015; 6: 43-47.

BHARDWAJ A, BHARDWAJ SV. Role of probiotics in dental caries and periodontal disease. Archives of Clinical and Experimental Surgery, 2012; 1: 45-49.

BICAK DA. A Current Approach to Halitosis and Oral Malodor- A Mini Review. The Open Dentistry Journal, 2018; 12: 322-330.

BOLLEN CM, BEIKLER T. Halitose: A abordagem multidisciplinar. International Journal of Oral Science, 2012; 4(2): 55-63.

Caglar et al., 2005;

CARVALHO MD, et al. Impacto of mouthrinses on morning bad breath in healthy subjects. Journal of Clinical Periodontology, 2004; 31 (2): 85-90.

CASEMIRO L A, et al. Effectiveness of a new toothbrush design versus a conventional tongue scraper in improving breath odor and reducing tongue microbiota. Journal of Applied Oral Science, 2008; 16(4): 271-274.

COSTA IM. Metodologia para o estudo das halitoses. Ars Curandi em Odontologia, 1981; 7 (11): 85-90.

DELANGHE G, et al. An inventory of patients’ response to treatment at a multidisciplinary breath odor clinic. Quintessence International, 1999; 30: 307-310.

DORON S, GORBACH SL. Probiotics: Their role in the treatment and prevention of disease. Expert Rev Anti Infect Ther 2006; 4:261 75.

FULLER A. Probiotics in man and animals. Journal of Applied Bacteriology, 1989; 66: 365-378.

IWAMOTO T, et al. Effects of probiotic Lactobacillus salivarius WB21 on halitosis and oral health: na open-label pilot trial Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology, 2010; 110: 201-208.

KANG MS, et al. Inhibitory effect of Weissella cibaria isolates on the production of volatile sulphur compounds. Journal of Clinical Periodontology, 2006; 33: 226-232.

LILLY DM, STILLWEL RH. Probiotics: Growh-promoting factors produced bby microorganisms. Science, 1965; 147: 747-748.

MARCHETTI E, et al. Multi-Sensor Approach for the Monitoring of Halitosis Treatment via Lactobacillus brevis (CD2)-Containing Lozenges-A Randomized, Double-Blind Placebo-Controlled Clinical Trial. Journal of Sensors, 2015; 15: 19583-19596.

MAROCCHIO L S, et al. Remoção da saburra lingual: comparação da eficiência de três técnicas. RGO - Revista Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre, 2009; 4 (57): 443-448.

MAROCCHIO LS. Técnicas de limpeza da língua: comparação de uma nova técnica com duas técnicas já descritas na literatura. Campinas CEOSLM, 2006. Monografia (como requisito para obtenção do título de Especialista em Halitose), Centro de Estudos Odontológicos São Leopoldo Mandic, 2006.

MEURMAN JH. Probiotics: Do they have a role in oral medicine and dentistry? Eur J Oral Sci 2005; 113:188 96.

NUNES JC, et al. Halitose: estudo de prevalência e factores de risco associados numa Unidade de Saúde Familiar. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, 2012; 28: 344-349.

PENALA S, et al. Efficacy of local use of probiotics as na adjunct to scaling and root planing in chronic periodontitis and halitosis: A randomized controlled trial. Journal of Research in Pharmacy Practice, 2016; 5(2): 86-93.

RIO ACCD, et al. Halitose: proposta de um protocolo de avaliação. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 2007; 73(6): 24-28.

SALMINEN MK, et al. Lactobacillus bacteremia during a rapid increase in probiotic use of Lactobacillus rhamnosus GG in Finland. Clinical Infectious Diseases, 2002; 35: 1155-1160.

SANZ M, et al. Fundamentals of breath malodour. Journal of Contemporary Dental Practice, 2001; 2 (4): 1-17.

SCULLY C, GREENMAN J. Halitologia (odor de hálito: Etiopatogênese e manejo). Oral Diseases, 2012; 18(4): 333-345.

SENOK AC, et al. Probiotics: Facts and myths. Clin Microbiol Infect 2005; 11: 958 66.

SHON HS, et al. Intra-Oral Factors Influencing Halitosis in Young Women. Osong Public Health and Research Perspectives, 2018; 9(6): 340-347.

TÁRZIA O. Halitose por saburra lingual. IN: Paiva JS, Almeida RV. Periodontia: a atualização baseada em evidencias cientificas. São Paulo: Artes Médicas, 2005; 543-561.

VAN DEN BROEK AM, et al. Review of the current literature on aetiology and measurement methods of halitosis. Journal of Dentistry, 2007; 35(8): 627-635.

VAN STEENBERGHE D. Breath Malodor a step-by-step approach. Quintessence Books 1st ed. Copenhagen; 2004.

WINKEL EG, et al. Clinical effects of a new mounthrinse contaning chlorexidine, cetylpyridinium chloride and zinc-lactate on oral halitosis. J Clin Periodontol 2003; 30:300-306.

Published

2020-07-06

How to Cite

Nunes, D. R., & Butze, J. P. (2020). Efeito do uso de probióticos sobre a formação da saburra lingual e na diminuição da halitose: relato de caso clínico / Effect of use of probiotics on the formation of language saburat and the reduction of halitosis: clinical case report. Brazilian Journal of Development, 6(7), 43657–43665. https://doi.org/10.34117/bjdv6n7-108

Issue

Section

Original Papers