Desafios para o controle da leishmaniose visceral humana no Pará / Challenges for the control of human visceral leishmaniasis in Pará

Authors

  • Eliane Leite Da Trindade
  • Alana Ferreira Da Cruz
  • Danielle Barbosa Tavares
  • Dilton Correa Rodrigues
  • Hadassa Hanna Soares Martins
  • Marwim Luis Batista Costa
  • Victor Henrique Botelho Lourenço

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv2n6-051

Keywords:

leishmaniose visceral humana, Estado do Pará, Epidemiologia.

Abstract

Introdução: A leishmaniose visceral humana (LVH) é um problema de saúde pública crescente no Brasil. No estado do Pará, onde se intensificam as transformações ambientais decorrentes do crescimento econômico são crescentes as taxas de incidência e de letalidade. Objetivo: Este estudo avaliou os aspectos epidemiológicos e operacionais da LVH no período de 2007 a 2011 no estado do Pará, Brasil. Método: Trata-se de estudo descritivo do tipo ecológico realizado por meio de análise de registros de dados epidemiológicos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Resultados: Ocorreram 1.504 casos novos e autóctones, as taxas de letalidade (2,0-4,6) e incidência (3,3-4,7) foram elevadas no período. O perfil da LVH no Pará de 2007 a 2011 compreendeu crianças menores de 5 anos (51%), sobretudo do sexo masculino (59%) e residentes de áreas rurais (68%), que adoeceram nas duas estações climáticas, havendo um pico no período chuvoso (janeiro) e outro no seco (junho). Para a maioria a escolaridade não se aplica (59%). O diagnóstico foi baseado no critério laboratorial (91%). Em 81% dos casos, a droga mais utilizada foi o antimonial pentavalente, os relatos de cura clínica cresceram 70% no período. Conclusão: Os indicadores epidemiológicos e operacionais descritos têm potencial para influenciar a letalidade do estado. Os resultados fornecem bases ao planejamento da vigilância e prevenção da LVH no Pará.

 

References

Gontijo CMF, Melo MN. Leishmaniose Visceral no Brasil: quadro atual, desafios e perspectivas. Rev. Bras. Epidemiol. 2004; 7 (3): 338-347.

WHO 2013. The Special Programme for Research and Training in Tropical Diseases. Leishmaniasis: Disease information.

Lainson R, Rangel, EF. Lutzomyia longipalpis and the eco-epidemiology of American visceral leishmaniasis, with particular reference to Brazil: a review. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2005; 100: 811-827.

Brasil. Secretaria de Vigilância e Saúde (2012a). (Citado 2013 out. 10). Casos confirmados de Leishmaniose Visceral, Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas 1990 a 2011. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm? id_area/ =1561.

Brasil. Secretaria de Vigilância e Saúde (2012b). (Citado 2013 out. 10). Coeficiente de incidência de Leishmaniose Visceral, por 100.000 habitantes. Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas. 1990 a 2011. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2012_11_incidencia_de_LV_entre_1990_e_2011.pdf

Brasil. Secretaria de Vigilância e Saúde (2012c). (Citado 2013 out. 10). Letalidade de Leishmaniose Visceral. Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas. 2000 a 2011.Disponívelem:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2012_11_letalidade_por_LV_entre_1990_e_2011.pdf.

Brasil. Secretaria de Vigilância e Saúde (2012d). (Citado 2013 out. 10). Óbitos de Leishmaniose Visceral. Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas. 2000 a 2011.Disponívelem:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2012_11_obitos_por_LV_entre_1990_e_2011_final.pdf.

BRAGA FILHO, E.; RAMOS, O. S.; FREITAS, J.A. Inquérito sorológico de Toxoplasma gondii em ovinos na microrregião Castanhal, Pará, Brasil. Arquivos do Instituto de Biologia de São Paulo. v.77, n.4, p.707-710, 2010.

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Manual de controle da leishmaniose tegumentar americana. Brasília: Ministério da Saúde, 2000.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2014. Disponivel em:< http://cidades.ibge.gov.br/xtras/uf.php?lang=&coduf=15&search=para> Acesso em: 03/06/2014.

Fontelles, M.J. Delineamento dos estudos de pesquisa. In: Biestatistica: Aplicada a Pesquisa Experimental 1ª ed/Vol 2 . Livraria da Física, São Paulo. 2012.

Maia-Elkhoury ANS, Alves WA, Sousa-Gomes ML, Sena JM, Luna EA. Visceral leishmaniasis in Brazil: trends and challenges. Cad. Saúde Pública. 2008; 24(12): 2941-2947.

Werneck GL, Pereira TJCF, Farias GC, Silva FO, Chaves FC, Gouvêa MV, et al. Avaliação da efetividade das estratégias de controle da Leishmaniose Visceral na cidade de Teresina, Estado do Piauí, Brasil: resultados do inquérito inicial –2004. Epidemiol Serv Saude. 2008; 17(2):87-96.

Pajot FX, Le Pont F, Gentile B, Besnard R. Epidemiology PF leishmaniasis in French Guiana. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1982; 76:112-3.

Macedo ITF, Bevilaqua CML, Morais NB, Sousa LC, Amora SSA, Oliveira LMB. Sazonalidade de flebotomíneos em área endêmica de leishmaniose visceral no município de Sobral, Ceará, Brasil. Rev Ciência Animal. 2008; 18(2): 67-74.

Guerra JAO, Ribeiro JAS, Coelho LIARC, Barbosa MGV, Paes MG. Epidemiologia da leishmaniose tegumentar na comunidade São João, Manaus, Amazonas, Brasil. Cad Saúde Pública. 2006; 22 (11): 2319-2327.

Alvarenga DG, Escalda PMF, Costa ASV, et al. Leishmaniose Visceral: estudo retrospectivo de fatores associados à letalidade. Rev Soc Bras Med Trop. 2010; 43 (2): 194-7.

Queiroz MJA, Alves JG, Correia JB. Leishmaniose Visceral: características clínico-epidemiológicas em crianças de área endêmica. J Pediatr. 2004; 80(2):141-6.

Mestre GLC, Fontes CJF. A Expansão da epidemia de Leishmaniose Visceral no Estado de Mato Grosso, 1992-2005. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2007; 40: 42-48.

Published

2019-12-04

How to Cite

DA TRINDADE, E. L.; DA CRUZ, A. F.; TAVARES, D. B.; RODRIGUES, D. C.; SOARES MARTINS, H. H.; BATISTA COSTA, M. L.; BOTELHO LOURENÇO, V. H. Desafios para o controle da leishmaniose visceral humana no Pará / Challenges for the control of human visceral leishmaniasis in Pará. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 2, n. 6, p. 5488–5499, 2019. DOI: 10.34119/bjhrv2n6-051. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/5122. Acesso em: 29 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers