Achados hematológicos em crianças com dengue / Hematological findings in children with dengue
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv2n5-072Keywords:
Dengue. Crianças. Achados hematológicosAbstract
Dengue é uma arbovirose que está presente em todo o território brasileiro e configura grave problema de saúde pública mundial até os dias de hoje. Desde 2008, estudos têm sinalizado a migração de casos graves da doença para a faixa etária mais jovem. O objetivo deste estudo foi realizar uma análise dos achados hematológicos de pacientes infantis com dengue da cidade de Fortaleza. Trata-se de um estudo retrospectivo com crianças atendidas em um laboratório público de Fortaleza – Ceará. Foram selecionados e analisados hemogramas de crianças com diagnóstico confirmado para dengue, atendidas no Laboratório de Análises Clínicas de um Hospital Infantil de Fortaleza no período de janeiro de 2017 a outubro de 2018. Foram estudados 100 hemogramas com predomínio de indivíduos do gênero masculino (54%) e em ambos os gêneros a prevalência de faixa etária foi maior em crianças de 6 a 8 anos. As alterações no hemograma de relevância entre as crianças com dengue foram plaquetopenia em 69%, leucopenia em 68%, 55% destes apresentaram plaquetopenia e leucopenia simultaneamente, anemia em 59%, hematócrito elevado em 5% das crianças, 3% de linfocitose, 16% de linfopenia e presença de linfócitos atípicos em 13% dos casos.References
BARRETO, M. L.; TEIXEIRA, M. G. Dengue no Brasil: situação epidemiológica e contribuições para uma agenda de pesquisa. Estudos Avançados. v. 22, n. 64, p.53-72, 2008.
BARROS, L.P.S. et al. Análise crítica dos achados hematológicos e sorológicos de pacientes com suspeita de Dengue. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. v. 30, n. 5, p. 363-366, 2008.
BRAGA, C. et al. Seroprevalence and risk factors for dengue infection in socioeconomically distinct areas of Recife, Brazil. Acta Trop. v. 3, p. 113-129, 2010
BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue: aspectos epidemiológicos, diagnóstico e tratamento. 20. Ed. rev. Brasília, DF, 2002.
DAL’BOSCO, A.; HENRIQUES, L. L.; CORTEZ, L. E. R. Dengue em crianças: análise da ocorrência da região da Amusep no período de 2007 – 2015. VII Amostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica. Maringá, Paraná, Brasil, 2016.
DÍAZ-QUIJANO, F.A.; VILLAR-CENTENO, L.A.; MARTÍNEZ-VEJA, R.A. Complicaciones asociadas a la trombocitopenia profunda en pacientes con dengue. Rev. Méd Chile. v. 134, n. 2, p. 167-173, 2006.
FUNCEME. Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. Disponível em: <http://www.funceme.br/app/calendario/produto/municipios/media/mensal>. Acesso em: 27 de abril de 2019.
GOMBER et al. Hematological observations as diagnostic markers in dengue hemorrhagic fever: a reappraisal. Indian Pediatrics. v. 38, p. 477-481, 2001.
HARRIS, E. et al. Fluid intake and decreased risk for hospitalization for dengue fever, Nicaragua. Emerg. Infec. Dis. v.9, n.8, p.1003-1006, 2003.
HORA FILHO, E. A. Fatores de instalação, permanência e proliferação da dengue no Recife-PE: uma abordagem sociológica. 12 p. Tese (Licenciatura em Geografia) – Programa de Saúde Ambiental da Prefeitura do Recife, Universidade Federal de Pernambuco, 2011.
HOTTZ, E. et al. Platelets in dengue infection. Haematology. v. 8, n. 1-2, p. 33-38, 2011.
INFODENGUE. Escola de Matemática Aplicada da FGV. Lista mantida pela Fiocruz. Disponível em: <https://info.dengue.mat.br/alerta/2304400/dengue>. Acesso em: 27 de abril de 2019.
JAIN, A.; CHATURVEDI, U. C. Dengue in infants: an overview. FEMS Immunol Med Microbiol. v. 59, p.119-130, 2010.
KALAYANAROOJ, S. et al. Early Clinical and Laboratory Indicators of Acute Dengue Illness. The Journal of Infectious Diseases. v. 176, p. 313-321, 1997.
LA RUSSA, V.F.; INNIS. B.L. Mechanisms of dengue-virus induced bone marrow suppression. Baillieres Best Pract Res Clin Haematol. v. 8, p. 249-270, 2008.
NAKAO, S.; LAI, C. J.; YOUNG, N. S. Dengue virus, a flavivirus, propagates in human bone marrow progenitors and hematopoietic cell lines. Blood. v. 74, n.4, p. 1235-40, 1989.
OLIVEIRA, A. C. S. et al. Alterações do hemograma no diagnóstico de dengue: um estudo de 1.269 casos na cidade de Uberaba, Minas Gerais. Revista de Patologia Tropical. v. 41, n. 4, p. 401-408, 2012.
OLIVEIRA, E. C. L. et al. Alterações hematológicas em pacientes com dengue. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 42, nº 6, p.682-685, 2009.
RASHMI, M.D; HAMSAVEENA, M.D; Haematological and biochemical markers as predictors of dengue infection. Malaysian J Pathol. v. 3, n. 37, p. 247-251, 2015.
SANTIN, D.P.M.; SILVA, P.H.; HENNEBERG, R. Perfil da contagem de plaquetas na dengue. Visão Acadêmica, v.14, n.4, p.109-117, 2013.
SIMMONS, C.; POPPER, S.; DOLOCEK, C. et al. Patterns of Host Genome – Wide Gene Transcript. Abundance in the Peripheral Blood of Patients with Acute Dengue Hemorrhagic Fever. The Journal of Infectious Diseases. v.195, p. 1097-1107, 2007.
SIQUEIRA, Claudio Morais. Soroprevalência de dengue em crianças e adolescentes no Distrito Sanitário Norte, Goiania, Goiás, 2015. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical e Saúde Pública) – Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, Goiania, 2016.
TORRES, E.M. Dengue. Estudos Avançados. v. 22, n. 64, p. 33-52, 2008.
WHO. Dengue: guias para la atencion de enfermos en la Region de las Americas. Segunda edicion. PAHO, 2016.