Plano terapêutico farmacêutico para pacientes com leishmaniose tegumentar americana e visceral com foco na segurança do paciente/ Pharmaceutical care plan for patients with american and visceral tegumentary leishmaniosis with a focus on patient safety
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhr2n5-054Keywords:
Leishmaniose, Acesso aos Serviços de Saúde, Relações Profissional-Paciente, Planejamento de Assistência ao Paciente, Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos, Incompatibilidade de Medicamentos.Abstract
A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania sp. (mais de 20 espécies) e pode se apresentar de três formas clínicas conhecidas como cutânea, mucosa (cutâneo-mucosa) e visceral (Calazar). Segundo os últimos dados divulgados pela OMS 96% dos casos de leishmaniose visceral (LV) nas Américas é reportado no Brasil, já para os casos de leishmaniose cutânea (LC) e mucosa (LM), em 2016, 17 países endêmicos do continente americano reportaram 48.915 casos, sendo que 12.690 destes foram relatados no Brasil. Quando não tratada ou tratada de forma indevida a LV pode ser fatal para o indivíduo, a LC pode permanecer por ativa por vários anos podendo até evoluir para LM. As drogas atualmente preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS) para o tratamento das leishmaniose são antimoniato de meglumina, isetionato de pentamidina e anfotericina B (desoxicolato e lipossomal), estes fazem parte do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica. O uso desses medicamentos seguem os protocolos nacionais e muitas vezes estão associados a efeitos adversos em pacientes. Considerando a necessidade da gestão dos recursos institucionais, a segurança no uso e administração de medicamentos, as consequências associadas ao não tratamento das leishmanioses ou a um tratamento ineficaz, é recomendado à elaboração de um plano de acompanhamento farmacêutico para pacientes com diagnóstico da doença.
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