Perfil epidemiológico de gestantes acompanhadas em serviço público de pré-natal e grupo de pesquisa em depressão perinatal em Belo Horizonte / Epidemiological profile of pregnant women accompanied by public antenatal service and research group on perinatal depression in Belo Horizonte
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv4n6-057Keywords:
Saúde Mental, Gestantes, Depressão Puerperal, Cuidado Pré-Natal, Saúde Pública.Abstract
Justificativa: A depressão perinatal constitui-se como importante causa de morbidade gestacional, com consequências significativas para a gestante, para o bebê e com grande impacto para a saúde pública. Conhecer o perfil das gestantes e como a determinação social do processo de adoecimento age associado à dado perfil epidemiológico pode servir ao desenvolvimento de melhores estratégias de políticas públicas para gestantes e puérperas brasileiras. Objetivos: O presente trabalho visa descrever uma amostragem de 573 gestantes atendidas pelo serviço de pré-natal do ambulatório Jenny de Andrade Faria e captadas pelo grupo de pesquisa em depressão perinatal do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Medicina Molecular (INCT-MM), baseado no serviço de psiquiatria do Ambulatório Borges da Costa (HC/UFMG). Métodos: Revisão de literatura, através de pesquisa bibliográfica nas bases de dados Cochrane, Medline e Biblioteca Virtual em Saúde, para comparação do predomínio do perfil de gestantes com sintomatologia ou diagnóstico de depressão perinatal descritos no Brasil com a análise de dados das 573 gestantes do INCT-MM. Resultados: A descrição do perfil epidemiológica das gestantes analisadas reflete uma coorte específica do território de Belo Horizonte e Região Metropolitana, bem como de dependentes, parcialmente ou integralmente, do controle pré-natal realizado pelo Sistema Único de Saúde. Existe o predomínio de mulheres multíparas, negras, com média de 10,32 anos de estudos, com prevalência de 25,13% de ocorrências anteriores de transtorno mental e sendo 69,39% da amostra de gravidez de alto risco e 60,29% pertencendo à classe C, D ou E. Conclusões: Destaca-se a variação do rastreio positivo para a depressão, através do EPDS, do segundo para o terceiro trimestre, sendo necessário novos estudos que examinem o fenômeno. Salienta-se a dificuldade do trabalho pela perda significativa de dados longitudinais da amostra por descontinuidade das voluntárias na pesquisa.
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