A importância da escolha dos excipientes na manipulação de medicamentos / The importance of the choice of excipients in drug manipulation

Authors

  • Andresa de Sousa Costa
  • Deborah Demarque Martins da Silva
  • Lays Cordeiro de Jesus
  • Leandro da Conceição Luiz
  • Rafaela Tavares Batista
  • Maria José Valenzuela Bell
  • Virgílio de Carvalho dos Anjos

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n4-180

Keywords:

Excipientes, Manipulação, Sistema de Classificação Biofarmacêutica.

Abstract

Para o desenvolvimento de uma formulação, estável, eficaz e segura é necessário considerar as características de todos os componentes utilizados na manipulação de um medicamento. A biodisponibilidade dos fármacos é influenciada por diversos fatores, como a solubilidade e permeabilidade, sendo necessário minimizar esta influência através da introdução de substâncias que os melhorem. O Sistema de Classificação Biofarmacêutica classificou os fármacos em quatro classes, a classe I com alta solubilidade e permeabilidade, classe II com baixa solubilidade e alta permeabilidade, classe III com alta solubilidade e baixa permeabilidade e classe IV com baixa solubilidade e permeabilidade. Sendo assim, os excipientes apresentam finalidade específica nas formulações, podendo atuar como diluentes, lubrificantes, aglutinantes, desintegrantes, entre outros, na forma farmacêutica. O presente trabalho tem por objetivo atentar para a importância da escolha correta dos excipientes na manipulação de medicamentos, pois eles podem ser incompatíveis com certos princípios ativos e com isso resultar em um medicamento ineficaz e sem segurança de uso A metodologia seguida foi levantamento bibliográfico sobre as diversas classes de excipientes, suas funções e compatibilidades. Para a coleta de informações foram utilizados artigos publicados em periódicos, contidos nas bases de dados Scientific Electronic Library Online- ScIELO, National Library of Medicine - PUBMED, bem como artigos técnicos de entidades como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Conclui-se, portanto, que a escolha correta dos excipientes na manipulação de medicamentos favorece a liberação e absorção de fármacos, sendo de extrema importância para um bom desempenho terapêutico.

References

AMARAL, M. H. A. Modulação da cedência de fármacos - Efeito das características tecnológicas nos modelos de liberação. Dissertação de doutorado - Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. 2003

AMIDON, G. L. et al. A theoretical basis for a biopharmaceutical drug classification: the correlation of in vitro drug product dissolution and in vivo bioavailability. Pharmaceutical research, p.413-420, 1995.

ANSEL, H. C.; POPOVICH, N. G.; ALLEN JUNIOR, L. V. Farmacotécnica: formas farmacêuticas e sistema de liberação de fármacos. 6. ed. São Paulo: Premier. p.568, 2000.

AULTON, M. E. Delineamento de formas farmacêuticas. Porto Alegre: Artmed, 2ª ed. p.261, 2005.

BANAKAR, U. V. Pharmaceutical dissolution testing. New York: Macel Dekker, 1992.

BERMEJO, M. Molecular Properties of WHO Essencial Drugs na Provisional Biopharmaceutical Classification. Mol. Pharm, v.1, 2004.

BONFILIO, R. et al. Farmácia magistral: sua importância e seu perfil de qualidade. Revista Baiana de Saúde Pública, p. 653-664, 2010.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n° 67, de 8 de Outubro de 2007. Dispõe sobre boas práticas de manipulação de preparação magistrais e oficinais para uso humano em farmácias. Acesso em: 10 de nov, 2019.

BRASIL. Farmacopéia Brasileira. 5ª ed. Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. p.52, 2010. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/index.htm/

Acesso em: 27 de julho, 2021.

CAMPOS, D. A. et al. Estudo de pré- formulação e desenvolvimento de pó efervescente contendo ácido acetilsalicílico. Farmácia e Ciência, 2012.

CRF-SP. Estudos de Biodisponibilidade e Bioequivalência. 2020. Disponível em: http://crfsp.org.br/noticias/11048-estudos-de-biodisponibilidade-e-bioequivalência.html

Acesso em: 27 de julho, 2021.

DEZANI, A. B. Avaliação in vitro da solubilidade e da permeabilidade da lamivudina e da zidovudina. Aplicações na classificação biofarmacêutica. 2010.

FERREIRA, A. O. Guia prático da farmácia magistral. 3ª ed. São Paulo: Pharmabooks, 2008.

FERREIRA, A. O. Guia prático da farmácia magistral. 4ª ed., ver. e ampl. – São Paulo: Pharmabooks, 2010.

FLORENCE. A. T. et al. Princípios físico-químicos em farmácia. 2ª ed. Pharmabooks: São Paulo, 2011.

GIL, E. S. Controle físico-químico de qualidade de medicamentos. 2ª ed. São Paulo: Pharmabooks, 2007.

KIBBE, A. H. Handbook of Pharmaceutical Excipients. 6ª ed. American Pharmaceutical Association, 2009.

LUIZ, L. C.; BELL, M. J. V.; ROCHA, R. A.; MENDES, T. O.; ANJOS, V. C. Análise de Resíduos de Diclofenaco Sódico Veterinário em Leite por Espectroscopia no Infravermelho Próximo. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. v.18, n.3. 219-224, 2014. DOI: 10.4034/RBCS.2014.18.03.05

LUIZ, L. C.; VARELLA, C. S. F.; SILVA, D. D. M.; BRANDÃO, D. L.; BATISTA, R. T.; FREITAS, R. T. Utilizando Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS) para Comparação de Medicamentos Genéricos e Similar com o seu Referência. Revista Brasileira de Ciências da Saúde. v.13, n.2. 179-186, 2015. DOI: 10.4034/RBCS.2015.19.03.02

LUIZ, L. C.; BELL, M. J. V.; ROCHA, R. A.; LEAL, N. L.; ANJOS, V. C. Detection of Veterinary Antimicrobial Residues in Milk through Near-Infrared Absorption Spectroscopy. Journal of Spectroscopy. v.2018. ID5152832. 2018. DOI: 10.1155/2018/5152832

NACHAEGARI, S. K.; BANSAL, A. K., Coprocesed Excipients for Solid Dosage Form, Pharmaceutical Technology. p.52–64, 2004.

NAPKE, E. Excipients, adverse drug reactions and patients' rights. CMAJ: Canadian Medical Association Journal, 1994.

PEREIRA, C.; LUIZ, L. C.; BELL, M. J. V.; ANJOS, V. C. Near and Mid Infrared Spectroscopy to Assess Milk Products Quality: A Review of Recent Applications. J Dairy Res Tech 3: 014. 2020. DOI:10.24966/DRT-9315/100014

PESSANHA, A. F. V. et al. Influência dos excipientes no desempenho dos fármacos em formas farmacêuticas. Universidade Federal de Pernambuco. Ver. Bras. Farm. p.136-145,2012.

STORPIRTIS, S.; GONÇALVES, J. E.; CHIANN, C. Biofarmacotécnica. Grupo Gen-Guanabara Koogan, 2009.

TEIXEIRA, R. T.; LUIZ, L. C.; JUNQUEIRA, G. M. A.; BELL, M. J. V.; ANJOS, V. C. Detection of antibiotic residues in Cow's milk: A theoretical and experimental vibrational study, Journal of Molecular Structure, v.1215, 128221, 2020. DOI: 10.1016/j.molstruc.2020.128221

VILLANOVA & SÁ. Formas sólidas, IN: Excipientes. Guia prático para padronização. Formas farmacêuticas orais sólidas e líquidas. 2. Ed. São Paulo: Pharmabooks. Cap.2 p.6-18, 2009.

VILLANOVA & SÁ. Excipientes: guia prático para padronização: formas farmacêuticas orais sólidas e líquidas. Pharmabooks, 2010.

Published

2021-08-07

How to Cite

COSTA, A. de S.; SILVA, D. D. M. da; JESUS, L. C. de; LUIZ, L. da C.; BATISTA, R. T.; BELL, M. J. V.; ANJOS, V. de C. dos. A importância da escolha dos excipientes na manipulação de medicamentos / The importance of the choice of excipients in drug manipulation. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 4, p. 16659–16670, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n4-180. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/34003. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers