Hanseníase: uma análise dos dados epidemiológicos/ Leprosy: an analysis of epidemiological data

Authors

  • Jaqueline Martins Olivério
  • Nathalia Diniz Andrade Porto
  • Gabriela Santos Ferreira
  • Laura Melo Rosa
  • Taís Aparecida Gomes Reis
  • Marcos Vinicius Cândido Pereira
  • Karine Cristine de Almeida
  • Natália de Fátima Gonçalves Amâncio

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n4-133

Keywords:

Bacilo de Hansen, Condições socioeconômicas, Hanseníase, Hanseníase dimorfa, Hanseníase tuberculoide, Hanseníase virchowiana.

Abstract

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de evolução crônica, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, que possui poder infectante alto, mas com poder patogênico baixo. Esta pode atingir um indivíduo inserido em qualquer classe social; entretanto, sua incidência é maior nos segmentos populacionais mais empobrecidos. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com dados coletados por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do período de 2014 a 2019. A pesquisa analisou a relação da doença com as seguintes variáveis: quantidade de lesões cutâneas; notificação por sexo; formas clínica e avaliação de cura. As variáveis foram correlacionadas de acordo com o ano e com as cinco regiões brasileiras. Resultados e Discussão: Todas as variáveis analisadas, nos anos de 2014 a 2019 tiveram um predomínio nas regiões norte e, principalmente, na região nordeste, sendo a quantidade de lesões de 40,74% em 2019, ao passo que menores valores de 4,36% foram obtidos na região Sul. Conclusão: O fato pode ser relacionado com os dados de renda domiciliar per capita obtidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), em que é possível traçar uma relação entre condições socioeconômicas mais desfavorecidas das unidades federativas e os casos de hanseníase.

References

AZULAY. R D, AZULAY, DR Dermatologia ed. São Paulo Guanabara-Koogan. 2017.

BRASIL, Ministério da Saúde. Guia Brasileiro de Vigilância Epidemiológica. 4 ed. Brasília: CENEPI/FNS, 1998, p.1-12.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia prático sobre a hanseníase. 1 ed, Brasília, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase 2019-2022. Brasília, 1 ed., Brasília, 2019.

COSTA, Francisco Bruno Santana; SOUZA, Horst Naconecy. Importância do diagnóstico precoce da hanseníase: Revisão Integrativa. 2016. 33 f. Trabalho de conclusão de Curso de Medicina – Faculdade Federal de Campinas Grande, Cajazeiras – PB, 2016.

DIAS, Camila dos Anjos et al. Análise do perfil epidemiológico dos casos de hanseníase notificados no estado de Rondônia de 2014 a 2017. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Reserch – BJSCR, V.29, n.1, pp. 34-38 (Dez 2019 – Fev 2020).

GAO, Yingshu. Clinical and pathological features of different types of leprosy. European Review for Medical and Pharmacological Sciences, Italia, v.25, n.2, p. 1050-1059, 2020

GOMES, Mônica Dandara Montenegro Braz et al. Hanseníase: perfil epidemiológico e possíveis causas de abandono do Tratamento. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.6, n.9, p.73667-73683, sep. 2020.

GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade – Princípios, Formação e Pratica. Porto Alegre: ARTMED, 2018.

GEROTTO JÚNIOR, Luiz César, et al. A evolução da Hanseníase no Brasil e suas implicações como problema de saúde pública. Braziliam Journal of Development, Curitiba, v.7, n.1, p. 1951 – 1960, jan 2021.

LOIOLA, Hermaiza Angélica do Bonfim et al. Perfil epidemiológico, clínico e qualidade de vida de crianças com hanseníase em um município hiperendêmico. Revista de Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v. 26, p. 1-6, 2018.

MARCIANO, Lucia Helena Soares Camargo et al. Epidemiological and geographical characterization of leprosy in a Brazilian hyperendemic municipality. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.34, n.8, 2018.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. DATASUS. Disponível em

<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/hanswbr.def>. Acesso em 02/12/2020.

PINHEIRO, M. M. O. Hanseníase em registro ativo no município de Passos, MG – Brasil. 2006. 60f. Dissertação (Mestrado em Promoção da Saúde) – Universidade de Franca, Franca, São Paulo, 2007.

PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, Secretaria Municipal de Saúde. Hanseníase: manejo diagnóstico e terapêutico. 1. ed. Rio de Janeiro, 2018. 48 p.

RIBEIRO, Mara Dayanne Alves et al. Estudo epidemiológico da hanseníase no Brasil: reflexão sobre as metas de eliminação. Rev. Panamericana de Salud Pública. São Paulo, v. 42, n. 7, p. 1-7, jun. 2018.

SANTOS, D. C. M., et al. Hanseníase e o seu processo diagnóstico. Rev. Hansen Int. São Paulo v. 32, p. 19-26, 2007.

SILVA, Meyson Santos et al. Descrição e comparação entre casos de hanseníase presentes em crianças na região de Carajás-Pará. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 6, n. 2, p.7343-7357, feb. 2020.

SOUZA, Eliana Amorim de et al Hanseníase e gênero no Brasil: tendências em área endêmica da região Nordeste, 2001 – 2014 Rev Saúde Pública, 2018.

Published

2021-07-31

How to Cite

OLIVÉRIO, J. M.; PORTO, N. D. A.; FERREIRA, G. S.; ROSA, L. M.; REIS, T. A. G.; PEREIRA, M. V. C.; ALMEIDA, K. C. de; AMÂNCIO, N. de F. G. Hanseníase: uma análise dos dados epidemiológicos/ Leprosy: an analysis of epidemiological data. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 4, p. 16088–16099, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n4-133. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/33664. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers