Vivências em grupo com adolescentes na perspectiva da terapia ocupacional e da psicologia/ Therapeutic groups with adolescents from the perspective of occupational therapy and psychology
Abstract
Este trabalho focaliza na dinâmica do adolescente e suas respectivas fases, que se caracterizam por grandes conflitos. Por essa razão, alguns adolescentes podem apresentar transtornos comportamentais e psicológicos, interferindo de forma direta nas suas atividades de vida diária e lazer. Devido aos questionamentos da adolescência a promoção de vivências em grupo, possibilita a projeção de conflitos interno-externos através de atividades, com o enaltecimento da criatividade, imaginação e expressão do adolescente, além da consolidação da autoestima. A pesquisa teve como objetivo compreender como a terapia ocupacional e a psicologia podem contribuir através de oficinas e grupos terapêuticos na promoção da saúde e mudanças no comportamento e no discurso dos jovens, com o impacto da coletividade. Foram realizados oito vivências em grupo que tiveram como base os temas de culinária, esporte, artes e autoimagem. Trata-se de uma pesquisa multi-método, isto é, integrando os dados quantitativos e qualitativos, no qual foi realizada a análise de conteúdo, baseado em questionário semiestruturados e o diário de campo. A amostra deste estudo foi constituída por 19 adolescentes, de 10 a 18 anos, em encontros que aconteceram semanalmente com duração de uma hora cada grupo. O estudo foi realizado no Centro de Referência Cidadão Esperança / Instituto de Hebiatria do Centro Universitário Saúde do ABC, na cidade de Santo André no estado de São Paulo. Os resultados do estudo serão apresentados através de uma série: “Os conflitos emocionais da adolescência” com uma sequência de episódios. Conclui-se que de acordo com as características inerentes da adolescência, as vivências em grupo, foram uma forma de potencializar e estruturar o cotidiano e a rotina dos jovens, proporcionando trocas e experências que colaborando com a empatia e colaboratividade dentro dos encontros.
Keywords
Full Text:
PDF (Português (Brasil))References
ALMEIDA, A. C. F.; VIANA, A. F. S.; ALVES, A. C.; BALDUINO, T. B.; NAPOLI, F. Consequências sociais da superproteção parental em adolescentes. Rev. Trab. Acad. V.2, n.1, Belo Horizonte, 2016.
ALMEIDA, A. R. S. A emoção na sala da aula. Ed. Papirus, Campinas, SP, 2012.
ASSIS, S. G.; AVANCI, J. Q.; SILVA, C. M. F. P.; MALAQUIAS, J. V.; SANTOS, N. C.; OLIVEIRA, R. V. C. A representação social do ser adolescente: um passo decisivo na promoção de saúde. Cien. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p 669-680, 2003.
AUGUSTO, M. A. P. C.; CHACON, M. C. M. Diferentes enfoques das relações familiares: superproteção e abandono. VII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL. Londrina, p. 1316-1327, 2011.
AZEVEDO, D. M.; MIRANDA, F. A. N. Oficinas terapêuticas como instrumento de reabilitação psicossocial: percepção de familiares. Esc. Anna Nery, Rio Grande do Norte, v. 15, n. 2, p. 339-345, 2011.
AZEVEDO, M. R. D. Desenvolvimento psicossocial na adolescencia. In: CRESPIN, J.; REATO, L. F. N. Hebiatria: medicina do saber. 1 ed., São Paulo: Roca, p. 86-88, 2007.
AZEVEDO, M. R. D.; MELLO, V. M. R. M. Trabalhando em grupo com adolescentes: um guia prático para o dia-a-dia. São Paulo: Atheneu, 2009.
BARBIERI, M. C.; BROECKMAN, G. V. D. Z.; SOUZA, R. O. D.; LIMA, R. A. G.; WERNET, M.; DUPAS, G. Rede de suporte da familia da criança e do adolescente com deficiência visual: potencialidades e fragilidades. Cien. Saud. Colet. V.21, n.10, São Paulo, 2016.
BENETTON, Q. M.; MARCOLINO, T. Q. As atividades no Método Terapia Ocupacional Dinamica, Cad. Ter. Ocup. UFSCar, v.21, n.3, 2013.
BRETAS, J. R. S.; MORENO, R. S.; EUGENIO, D. S.; SALA, C. P.; VIEIRA, T. F.; BRUNO, P. R. Os rituais de passagem segundo adolescentes. Acta. Paul. Enf. São Paulo, v.21, n.3, 2008.
CAIANA, N. L. NOGUEIRA, D. L.; LIMA, A. C. D. A realidade virtual e seu uso como recurso terapêutico ocupacional: revisão integrativa, Cad. Ter. Ocup. UFSCar, v.24, n.3, 2016.
COSTA, R. F.; ZEITOUNE, R. C. G.; QUEIROZ, M. V. O.; GARCIA, C. I. G.; GARCIA, M. J. R. Redes de apoio ao adolescente no contexto do cuidado à saúde: interface entre saúde, família e educação. Ver. Esc. Enf. V.49, n.5, São Paulo, 2015.
CRESPIN, J. Adolescencia, puberdade e juventude: alguns conceitos. In: CRESPIN, J.; REATO, L. F. N. Hebiatria: medicina do saber. 1 ed., São Paulo: Roca, p.10, 2007.
DOMINGOS, B.; MALUF, M. R. Experiências de perda e luto em adolescentes de 13 a 18 anos. Psico. Reflex. Crit. V.16, n.3, 2003.
EL-KHATIB, V.; BRAGATTO, S. C. O. O estatuto da criança e do adolescente: perspectivas de intervenção da terapia ocupacional com a criança e o adolescente em situação de risco pessoal e social. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, v. 8, n. 1, 2000.
FERRARI, J. S. Papel dos pais na educação: a dimensão emocional da formação. Brasil Escola, 2019. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/papel-dos-pais-na-educacao.htm.
FERREIRA, J. E. S.; SOUZA, L. C.; RODRIGUES, R. C. P. A.; MARTINS-MONTEVERDE, C. M. S. A atuação do terapeuta ocupacional com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social: uma revisão da literatura. Ling. Acad. Batatais, v. 7, n. 7, p. 21-36, 2017.
FERREIRA, T. H. S.; FARIAS, M. A. Adolescência através dos séculos. Psic. Teor. e Pesq. Brasília, v. 10, n. 2, p. 227-234, 2010.
GUIMARÃES, S.; GUAZELLI, C. G. Oficinas Terapêuticas: Formas de cuidado em Saúde Mental na Atenção Básica. 2016. Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/02/Saionara-Guimar%C3%A3es.pdf
HACK,S.M.P.K.; RAMIRES,V.R.R. A adolescência e o divórcio parental: continuidades e rupturas dos relacionamentos, Psico. Clin. Rio de Janeiro, v.22, n.1, 2010.
JUNIOR, C. A. P. Sobre o corpo-afeto em Espinosa e Winnicott. Rev. EPOS, Rio de Janeiro, V. 4, Nº2, Dez. 2013.
LEPRE, R. M. Adolescência e construção da identidade. Pedagogia online, v.01, p01-09, 2003.
LOPES, R. E.; LEÃO, A. Terapeutas ocupacionais e os Centros de Convivência e Cooperativa: novas ações de saúde. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v.13, n.2, p.56-63, 2002.
MARQUES, M. R. Afeto e Sensoralidade no pensamento de B. Espinosa, S. Freud E D. W. Winnicotti. PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2012.
MONTREZOR, J. B. A Terapia Ocupacional na prática de grupos e oficinas terapêuticas com pacientes de saúde mental. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 21, n. 3, p. 529-536, 2013.
MOTTA, M. M. A. O luto em adolescentes pela morte do pai: Risco e prevenção para a saúde mental. Inst. Psico. São Paulo, 2008.
OLIVEIRA, E. S. G. Adolescência, internet e tempo: desafios para a Educação. Educ. Rev. Rio de Janeiro, n.64, 2017.
OLIVEIRA. I. G. A relação terapeuta-cliente: Na perspectiva do cliente, Trabalho de conclusão de curso, 2013. Disponível em: https://recipp.ipp.pt/bitstream/10400.22/2237/1/DM_IndiaraOliveira_2013.pdf.
SILVA, M. A. I.; MELLO, D. F.; CARLOS, D. M. O adolescente enquanto protagonista em atividades de educação em saúde no espaço escolar. Rev. Cleti. Enf. V.12, n.10, 2010.
SOUZA, R. P. Queixas psicossomáticas. In: CRESPIN, J.; REATO, L. F. N. Hebiatria: medicina do saber. 1 ed., São Paulo: Roca, p.294-295, 2007.
ZIMERMAN, D. E. Grupos com crianças, púberes, adolescentes, casais, familias, psicossomáticos, psicóticos e depressivos. In: Fundamentos básicos das grupoterapias. 2 ed., Porto Alegre: Artmed, p. 214, 2000.
ZIMERMAN, D. E. Campo Grupal: ansiedades, defesas, identificações. In: Fundamentos Básicos das Grupoterapias. 2ed. São Paulo: ARTMED, 2000. Cap. 11, p.117-123.
DOI: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n2-159
Refbacks
- There are currently no refbacks.