Tendência da hanseníase em uma cidade do alto sertão produtivo / Leprosy trend in a city of the high productive hinterland

Authors

  • Ana Karla Araújo Nascimento Costa
  • Matheus de França Cota
  • Kelle Araújo Nascimento Alves
  • Thiago Rodrigues da Silva

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n2-123

Keywords:

Epidemiologia, Hanseníase, Saúde Pública, Tendência.

Abstract

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, ocasionada pelo Mycobacterium Leprae. O estudo objetivou identificar a tendência da hanseníase na cidade de Bom Jesus da Lapa – BA no período de 2009 a 2019. Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo, transversal e quantitativo, com base de dados na Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado da Bahia (SUVISA). Os cálculos do coeficiente de incidência e proporção de cura foram realizados de acordo com a Portaria N° 3.125, de 7 de outubro de 2010. Os testes utilizados englobam os cálculos de APC (APC=[–1+10b1] *100% IC95%=[–1+10b1mín.] *100%; [–1+10b1máx.] *100%) onde por meio deste será avaliada a tendência e mudança percentual dos fatores analisados. Os resultados mostraram coeficiente de incidência com tendência decrescente (APC= -0,133; IC95%= -0.287; 0.020). A proporção de cura apresentou tendência decrescente (APC = -0.103; IC95%: -0.244; -0.038). Em relação à classificação operacional nota-se uma tendência crescente para os casos multibacilares (APC= 0.213; IC95%= -0.230; 0.656). Expôs ainda tendência crescente em indivíduos do sexo masculino e decrescente para o feminino. Por fim, as taxas registradas mostram a necessidade de intensificação de esforços e ações para a eliminação da doença, com expansão das medidas de controle.

References

Souza CDF, Luna CF, Magalhães MAFM. Transmissão da hanseníase na Bahia, 2001-2015: modelagem a partir de regressão por pontos de inflexão e estatística de varredura espacial*. Epidemiol Serv Saude 2019; 28(1):1-13.

Borges DPL, Reis ACSMR, D’Ávila VGFC, Barbosa MS, Ternes YMF, Santiago SB, Santos RS. Hanseníase: imunopatogenia e aspectos terapêuticos. Saúde e Ciência em Ação 2016; 3(01):108-117.

Marques H. Avaliação do papel das células B na Hanseníase experimental [tese]. Bauru: Universidade do Sagrado Coração; 2018.

Moreira RS, Costa JS, Moreira-Junior VT, Góes MAO. Tendência temporal da hanseníase em Aracaju, Sergipe, Brasil. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção 2019; 9(1):1-8.

World Health Organization (WHO). Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy free world. Weekly Epidemiological Record. Genebra: WHO: 2020.

Brasil. Boletim Epidemiológico de Hanseníase/2020. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilancia em Saude, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – DCCI. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Brasil. Boletim Epidemiológico de Hanseníase/2019. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação de Doenças e Agravos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Município de Bom Jesus da Lapa. 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/bom-jesus-da-lapa/historico> Acesso em: 27 fev. 2020.

Brasil. Resolução n. 3.125, de 07 de outubro de 2010. Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase. Diário Oficial da União 2010; 10 out.

Antunes JLF, Cardoso MRA. Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol Serv Saude 2015; 24(3):565-576.

Brasil. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União 2012; 12 dez.

Monteiro LD, Mota RMS, Martins-Melo FR, Alencar CH, Heukelbach J. Social determinants of leprosy in a hyperendemic State in North Brazil. Rev Saude Publica 2017; 51(70):1-11.

Alotaibi MH, Bahammam SA, RAhman S, Bahnassy AA, Hassan IS, Alothman AF, Alkayal AM. The demographic and clinical characteristics of leprosy in Saudi Arabia. J Infection Public Health 2016; 9(5):611-617.

Souza EA, Boigny RN, Ferreira AF, Alencar CH, Oliveira MLW, Junior ANR. Vulnerabilidade programática no controle da hanseníase: padrões na perspectiva de gênero no estado da bahia, brasil.: padrões na perspectiva de gênero no Estado da Bahia, Brasil. Cad Saude Publica 2018; 34(1):1-14.

Freitas BHBM. Indicadores e determinantes clínicos e epidemiológicos de hanseníase em menores de quinze anos, Mato Grosso, Brasil [dissertação]. Cuiabá: Universidade Federal de Mato Grosso; 2015.

Pereira TM, Silva LMS, Dias MSA, Monteiro LD, Silva MRF, Alencar OM. Temporal trend of leprosy in a region of high endemicity in the Brazilian Northeast. Rev Bras Enferm 2019; 72(5):1356-1362.

Brasil. Boletim Epidemiológico de Hanseníase/2018. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Coordenação de Doenças e Agravos. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.

Souza LR, Silva CP, Oliveira GBB, Ferreira IN. Hanseníase: diagnóstico e tratamento. Humanidade e Tecnologia 2019; 13(16):423-435.

Nazario AP, Ferreira J, Schuler-Faccini L, Fiegenbaum M, Artigalás O, Vianna FSL. Leprosy in Southern Brazil: a twenty-year epidemiological profile. Rev Soc Bras Med Trop 2017; 50(2):251-255.

Anchieta JJS, Costa LMM, Campos LC, Vieira MR, Mota OS, Morais OL, Souza MR, Guimarães RA. Trend analysis of leprosy indicators in a hyperendemic Brazilian state, 2001–2015. Rev Saude Publica 2019; 53(61):1-15.

Brito AL, Monteiro LD, Junior ANR, Heukelbach J, Alencar CH. Tendência temporal da hanseníase em uma capital do Nordeste do Brasil: epidemiologia e análise por pontos de inflexão, 2001 a 2012. Rev Bras de Epidemiol 2016; 19(1):194-204.

Souza EA, Ferreira AF, Boigny RN, Alencar CH, Heukelbach J, Martins-Melo FR, Barbosa JC, Junior ANR. Leprosy and gender in Brazil: trends in an endemic area of the northeast region, 2001 a 2014. Rev de Saude Publica 2018; 52(20)1-12.

Lages DS, Kerr BM, Bueno IC, Niitsuma ENA, Lana FCF. A baixa escolaridade está associada ao aumento de incapacidades físicas no diagnóstico de hanseníase no Vale do Jequitinhonha. HU Revista 2019; 44(3):303-309.

Corrêa BJ, Marciano LHSC, Nardi ST, Marques T, Assis TF, Prado RBR. Relationship between depression, work, and grade of impairment in leprosy. Acta Fisiátrica 2014; 21(1):1-5.

Cunha MHCM, Silvestre MPSA, Silva AR, Rosário DDS, Xavier MB. Fatores de risco em contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase utilizando variáveis clínicas, sociodemográficas e laboratoriais. Rev Panamazonica Saúde 2017; 8(2):21-28.

Lopes VAS, Rangel EM. Hanseníase e vulnerabilidade social: uma análise do perfil socioeconômico de usuários em tratamento irregular. Saúde em Debate 2014; 38(103):817-829.

Monteiro MJSD, Santos GM, Barreto MTS, Silva RVS, Jesus RLR, Silva HJN. Perfil epidemiológico de casos de hanseníase em um estado do nordeste brasileiro. Revista Brasileira Ciências da Saúde 2017; 15(54):21-28.

Sarmento APA, Pereirao AM, Ribeiro F, Castro JL, Almeida MB, Ramos NM. Perfil epidemiológico da hanseníase no período de 2009 a 2013 no município de Montes Claros (MG). Rev Soc Bras Clin Med 2015; 3(13):180-184.

Santana EMF, Brito KKG, Antas EMV, Andrade SSC, Diniz IV, Lima SM, Silva MA. Características sociodemográficas e clínicas da hanseníase: um estudo populacional. Enfermagem Brasil 2018; 17(3):227-235.

Palú FH, Cetolin SF. Clinical-epidemiological profile of patients with leprosy in the far west catarinense, 2004 - 2014. Arquivos Catarinense de Medicina 2015; 44(2):90-98.

Freitas BHBM, Cortela DCB, Ferreira SMB. Trend of leprosy in individuals under the age of 15 in Mato Grosso (Brazil), 2001-2013. Rev Saude Publica 2017; 51(28):1-10.

Centro Universitário FG - UNIFG. Observatório FG do Semiárido Nordestino. Localização do Município de Bom Jesus da Lapa-BA. 2016.

Superintendência de Vigilância em Saúde (SUVISA). Casos de Hanseníase notificados no Sinan. 2020. Fonte: SINAN/DIVEP/SUVISA/SESAB. Disponível em: http://www3.saude.ba.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinan/hans.def. Acesso em: 07 mar. 2020.

Published

2021-03-15

How to Cite

COSTA, A. K. A. N.; COTA, M. de F.; ALVES, K. A. N.; SILVA, T. R. da. Tendência da hanseníase em uma cidade do alto sertão produtivo / Leprosy trend in a city of the high productive hinterland. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 5546–5558, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n2-123. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/26390. Acesso em: 29 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers