Análise epidemiológica dos casos de hemorragia antepartal em adolescentes no Brasil nos últimos 10 anos / Epidemiological analysis of antepartal hemorrhage cases in adolescents in Brazil in the last 10 years
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-043Keywords:
hemorragia pós-parto, epidemiologia, medicina do adolescenteAbstract
1 INTRODUÇÃO
A ocorre?ncia da hemorragia anteparto e? uma das causas mais importantes de mortalidade materno-fetal. Esta e? definida como sangramento vaginal que ocorre a partir da vige?sima semana de gestac?a?o ate? o parto. As principais causas desse sangramento sa?o decorrentes do descolamento prematuro da placenta e a placenta pre?via.
2 OBJETIVO
Realizar estudo epidemiológico dos casos de placenta prévia, descolamento prematuro de placenta e hemorragia antepartal em adolescentes no Brasil nos últimos 10 anos, e correlacioná?lo com aspectos demográficos e epidemiológicos regionais.
3 MÉTODO
Estudo transversal, documental e quantitativo, com amostra de 75.795 indivíduos entre 10 e 19 anos internados por placenta prévia, descolamento prematuro de placenta e hemorragia antepartal no Brasil (2010 - 2019) notificadas por meio do Sistema de Declaração de Morbidade Hospitalar do SUS do DATASUS. Avaliou-se as variáveis por local de residência, número de internações, sexo e faixa etária.
4 RESULTADOS
Entre 2010 e 2019, houve uma queda de 2000 casos para 1.403. A faixa mais acometida foi entre 15 a 19 anos (14.777). Em relação ao caráter de atendimento, 14.800 foram de urgência e 841 eletivos. A região sudeste apresentou o maior número de casos (5.312), seguida da região nordeste (4.846).
5 CONCLUSÃO
Chama-se atenção para a quantidade decrescente de casos nos últimos anos, sustentando a possibilidade de subnotificações. Observa-se também, o alto número de registros na adolescência, evidenciando o início da idade fértil como importante “fator de risco” para estas condições. Com isso, faz-se necessa?rio conhecer o perfil epidemiolo?gico dos casos de hemorragia anteparto no Brasil, pois e? um problema de sau?de pu?blica, onde deve haver o acompanhamento pelos diversos ni?veis de atenc?a?o a? sau?de. Dessa forma, ao obter o conhecimento das caracteri?sticas dos perfis epidemiolo?gicos desta patologia e? possi?vel criar uma linha de cuidado específico para os grupos de risco podendo dessa forma traçar uma forma de prevenção.
References
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