Estudo sobre o pronto atendimento da secretaria municipal de saúde do município de santiago – RS / Study on the prompt care of the municipal health department of the municipality of santiago – RS

Authors

  • Thaís Chiarello Lopes Brazilian Journals Publicações de Periódicos, São José dos Pinhais, Paraná
  • Larissa Moraes Sagrilo
  • Lavínia Bettim da Silva
  • Adriana Carlosso Irion
  • Sandra Ost Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-006

Keywords:

Pronto atendimento, Enfermagem, Secretaria Municipal de Saúde, SUS

Abstract

1 INTRODUÇÃO

O SUS é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde do mundo, abrangendo desde o simples atendimento por meio da Atenção Básica, até o transplante de órgãos, garantido pelo acesso integral e gratuito para toda a população do país (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2015). A demanda aos serviços de saúde pode ser entendida como um pedido explícito que expressa todas as necessidades do usuário. Ela pode se efetivar por meio de consulta, acesso a exames, consumo de medicamentos, realização de procedimentos, pois é essa a forma como os serviços organizam a sua oferta (MARQUES E LIMA, 2007, p. 2). As UPA’s, principais componentes fixos de urgência pré-hospitalar, são unidades intermediárias entre a atenção primária e as emergências hospitalares. Classificam-se em três diferentes portes, de acordo com a população referenciada, a área física, o número de leitos disponíveis, a gestão de pessoas e a capacidade de atender. (O’DWYER et al, 2017, p. 2).

 

2 OBJETIVO

Obter um maior conhecimento a respeito da unidade de pronto atendimento da Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Santiago, no Rio Grande do Sul, abordando os principais fatores relacionados a ela para que se favoreça uma discussão e análise em sala de aula.

 

3 METODOLOGIA

Pesquisa e levantamento bibliográfico a respeito dos conceitos de unidades de pronto atendimento, através de artigos e publicações acadêmicas. Conversa com profissionais membros da equipe da unidade a ser citada inicialmente. Realizou-se análise da legislação, documentos e sites oficiais dos municípios, estados e federação.

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A unidade a ser estudada, apesar de assemelhar-se a uma UPA e a uma Estratégia de Saúde da Família (ESF), possui diferenças. Horário de funcionamento de segunda a quinta-feira de manhã das 08:00 as 12:00 horas e à tarde das 13:30 às 17:30 horas e na sexta-feira das 08:00 às 14:00 horas sem fechar ao meio dia. O Pronto Atendimento da Secretaria Municipal de Saúde do município de Santiago-RS conta com uma assistência aos usuários, exclusivamente por meio de consultas médicas, atendendo usuários moradores de localidades do interior da cidade, moradores do bairro Centro e serve como suporte às Estratégias de Saúde da Família onde temporariamente não possuem assistência médica. Não conta com serviços odontológicos, sendo estes encaminhados ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), que também atende moradores do interior, centro e ESF’s que não possuem assistência odontológica; consultas de puericultura e pré-natal, sendo elas encaminhadas ao Centro Materno Infantil (CMI); exames, que apesar dos exames laboratoriais serem autorizados no próprio Pronto Atendimento, são encaminhados para serem realizados nos laboratórios de análises clínicas e no Grupo Hospitalar de Santiago. A equipe é composta atualmente por 8 médicos plantonistas atendendo conforme escalas nos períodos manhã e tarde, sendo um desses médicos exclusivo aos moradores do interior, uma enfermeira, um técnico de enfermagem, uma coordenadora administrativa e um estagiário do curso de enfermagem da URI Câmpus Santiago. Dentre as localidades do interior, três delas recebem mensalmente a visita do médico. Antecedente a consulta médica, a triagem e acolhimento aos usuários são feitos pelo técnico de enfermagem ou também pela enfermeira. O acolhimento é uma das principais diretrizes éticas, estéticas e políticas da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Definido em documentos oficiais como a recepção do usuário no serviço de saúde, compreende a responsabilização dos profissionais pelo usuário, a escuta qualificada de sua queixa e angústias, a inserção de limites, se for preciso, a garantia de assistência resolutiva e a articulação com outros serviços para continuidade do cuidado quando necessário (GARUZI, et al, 2014, p. 145). A consulta de enfermagem é realizada somente com usuários estomizados, sendo estes quarenta e seis, que possuem cadastros atualmente, frequentando o local mensalmente. A consulta objetiva sistematizar, dar consistência, sentido, registro e memoria à assistência de enfermagem nos três níveis a atenção à saúde humana, conforme preconiza a Lei nº. 8080/1998. É composta por quatro fases: a coleta dos dados, o estabelecimento dos diagnósticos de enfermagem, a fase da implementação de cuidados e a de avaliação dos resultados do plano de cuidados de enfermagem (BARBOSA, et al, 2007, p. 227). Não ocorrem reuniões e encontros entre a equipe do Pronto Atendimento, como ocorrem normalmente nas ESF’s, exceto reuniões de médicos e dentistas das demais ESF’s na Secretaria Municipal de Saúde. A dispensação de medicamentos conforme a prescrição médica, que é obrigatória, é feita através da farmácia básica que é vinculada a própria Secretaria Municipal de Saúde, que atende a população em geral do município de Santiago. Os medicamentos são dispensados de forma gratuita, liberados através do receituário médico e identificação do paciente. A farmacêutica responsável, técnica em farmácia e mais dois estagiários da URI Santiago do curso de Farmácia, fazem parte da equipe da Farmácia Básica do SUS. Os medicamentos controlados ficam em um armário separado com chave, onde esta fica com a farmacêutica responsável, para que não haja dispensação, sem o controle. O sustento financeiro do Pronto Atendimento se dá grande parte por verbas municipais, seguidas por verbas estaduais e federais. As bolsas de estomia são dispensadas pela Secretaria através de verbas do estado no Pronto Atendimento. As fraldas são dispensadas pela farmácia do estado, que por sua vez é vinculada à farmácia básica da Secretaria Municipal de Saúde.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As secretarias municipais de saúde apesar de possuírem serviços e atendimentos semelhantes às ESF’s e as UPA’s, prestam atendimento mais restrito. A maioria das UPA’s concentra-se em municípios com mais de um milhão de habitantes, com privilégio das regiões com melhores condições socioeconômicas e melhor oferta de serviços, como a região Sudeste. Tem como funções a autorização de exames, dispensação de medicamentos, encaminhamentos, etc. Possui ainda o Pronto Atendimento, que presta atendimento médico a moradores do interior, centro e demais ESF’s que não disponibilizam atendimentos por parte dos médicos. No nível federal, as iniciativas para o enfrentamento do problema hospitalar ainda são frustradas. A consequência é a superlotação nas emergências hospitalares dos grandes hospitais de referência.

References

BARBOSA, M. A. R. S., et al. Consulta de enfermagem-um diálogo entre os saberes técnicos e populares em saúde. Acta Paul Enferm, v. 20, n. 2, p. 226-229, 2007.

GARUZI, M., et al. Acolhimento na estratégia saúde da família: revisão integrativa. Rev Panam Salud Publica, v. 35, n. 2, p.144-149, 2014.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. SUS princípios e conquistas. 2015.

MARQUES, G. Q.; LIMA, M. A. D. S. Demanda de usuários a um serviço de pronto atendimento e seu acolhimento ao sistema de saúde. Rev Panam Salud Publica, vol. 15, núm. 1, p. 1-8, jan-fev 2007.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. SUS princípios e conquistas. 2015.

O’DWYER, G., et al. O processo de implantação das unidades de pronto atendimento no Brasil. Revista Saúde Pública, v. 51, n. 125, p. 01-12, 2017.

Published

2021-01-05

How to Cite

LOPES, T. C.; SAGRILO, L. M.; DA SILVA, L. B.; IRION, A. C.; RODRIGUES, S. O. Estudo sobre o pronto atendimento da secretaria municipal de saúde do município de santiago – RS / Study on the prompt care of the municipal health department of the municipality of santiago – RS. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 4, n. 1, p. 48–52, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv4n1-006. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22532. Acesso em: 29 mar. 2024.

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