Facilidades e dificuldades no manejo do Método Canguru no cotidiano dos profissionais de saúde: contribuições para o planejamento gestor

Authors

  • Larissa Nadally da Conceição Feitoza
  • Nadja Trevia dos Santos
  • Soraia de Almeida da Luz
  • Tereza Cristina Filgueira Belo
  • Vanessa Barreto Bastos Menezes
  • Rebeca Silveira Rocha
  • Liana de Oliveira Barros
  • Marcelo Gurgel Carlos da Silva

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv3n6-378

Keywords:

Recém-Nascido Prematuro, Método Canguru, Gestão em saúde.

Abstract

Objetivo: analisar facilidades e dificuldades no manejo do Método Canguru no cotidiano dos profissionais de saúde. Métodos: estudo de campo, transversal, descritivo e analítico de abordagem quali-quantitativa, realizado em um hospital-maternidade de Fortaleza-CE, com 13 profissionais que responderam a um questionário sobre aplicação do Método na rotina neonatal em outubro de 2018. Para análise, utilizaram-se os componentes da tríade de Donabedian: estrutura, processo e resultados. Resultados: as facilidades referentes ao componente estrutura envolvem a equipe multiplicadora do cuidado e espaço físico adequado; no componente processo, os aspectos relacionados ao interesse materno e conhecimento do Método pelas mães e pelos profissionais; no componente resultados, o ganho de peso e estabilidade clínica do neonato. Quanto às dificuldades, no componente estrutura identificaram-se o número reduzido de profissionais, a superlotação das unidades e o espaço físico inadequado; no componente processo, os fatores biopsicossociais e desconhecimento do Método e no componente resultados, a desestabilidade clínica do recém-nascido e sua perda de peso inicial. Conclusões: sob os aspectos de gestão, algumas reformulações na estrutura física, redistribuição e capacitação de profissionais e práticas para orientação familiar podem contribuir para a aplicabilidade do Método Canguru nas unidades neonatais, possibilitando uma assistência humanizada aos recém-nascidos prematuros.

References

Deutsch AD, Dornaus MFPS, Waskman RD. O bebê prematuro – tudo o que o pais precisam saber. São Paulo: Manole; 2013.

Klossoswski DG, Godói VC, Xavier CR, Fujinaga CI. Assistência integrada ao recém-nascido prematuro: implicações das práticas e da política público. Revista CEFAC. 2016; 18 (1): 137-50.

Correa AR, Andrade AC, Manzo BF, Couto DL, Duarte ED. As práticas do Cuidado Centrado na Família na perspectiva do enfermeiro da Unidade Neonatal. Escola Ana Nery. 2015; 19 (4): 629-34.

Almeida PVB. Método Canguru no Brasil: 15 anos de política pública. Organizado por Maria Teresa Cera Sanches [et al]. São Paulo: Instituto de Saúde; 2015.

Brasil, Ministério da Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido: Método Canguru - manual técnico Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. 3 ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

Nunes CRN, Campos LG, Lucena AM, Pereira JM, Costa PR, Lima FAF, Azevedo VMGO. Relação da duração da Posição Canguru e interação mãe-filho pré-termo na alta hospitalar. Revista Paulista de Pediatria. 2016; 35 (2): 136-43.

Farias SR, Dias FSB, Silva JB, Cellere ALLR, Beraldo L, Carmona EV. Posição Canguru em recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso estudo descritivo. Revista eletrônica de Enfermagem. 2017; 19: 1-10.

Entringer AP, Pinto MT, Magluta C, Gomes MAS. Impacto orçamentário da utilização do Método Canguru no cuidado neonatal. Revista de Saúde Pública. 2013; 47 (5): 976-83.

Portela MC. Avaliação da qualidade em saúde. In: Rozenfeld S., org. Fundamentos da Vigilância Sanitária. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 2000. p. 259-69.

Gontijo TL, Xavier CC, Freitas MIF. Avaliação da implantação do Método Canuru por gestores, profissionais e mães de recém-nascidos. Caderno de Saúde Pública. 2012; 28 (5): 935-44.

Parisi TCH, Coelho ERB, Melleiro MM. Implantação do Método Mãe-canguru na percepção de enfermeiras de um hospital universitário. Acta Paulista de Enfermagem. 2008; 21 (4): 575-80.

Silva RA, Barros MC, Nascimento MHM. Conhecimento de técnicos de Enfermagem sobre o Método Canguru na Unidade Neonatal. Revista Brasileira de Promoção à Saúde. 2014; 27 (1): 124-30.

Gianini NOM. Trajetória do Método Canguru nas Unidades da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro in: Método Canguru no Brasil: 15 anos de política pública organizado por Maria Teresa Cera Sanches [et al]. São Paulo: Instituto de Saúde; 2015.

Spehar MC, Seidl EMF. Percepções maternas no Método Canguru: contato pele a pele, amamentação e autoeficácia. Psicologia em estudo. 2013; 18 (4): 647-56.

Oliveira MC, Locks MOH, Girondi JB, Costa R. Método canguru: percepções das mães que vivenciam a segunda etapa. Journal of Research Fundamental Care online. 2015; 7 (3): 2939-48.

Viana MGP, Araújo LAN, Sales MCV, Magalhães M. Vivência de mães de prematuros no Método Mãe Canguru. Revista online de pesquisa. 2018; 10 (3): 690-95.

Custódio ZAO, Sanches MTC, Almeida PVB. Maternidades Públicas Brasileiras. In: Método Canguru no Brasil: 15 anos de política pública / organizado por Maria Teresa Cera Sanches [et al]. São Paulo: Instituto de Saúde; 2015.

Souza AKCM, Tavares ACM, Carvalho DGL, Araújo VC. Ganho de peso em recém-nascidos submetidos ao contato pele a pele. Revista CEFAC. 2018; 20 (1): 53-60.

Mendes GHS, Mirandola TBS. Acreditação hospitalar como estratégia de melhoria: impactos em seis hospitais acreditados. Gestão e produção. 2015; 22 (3).

Silva TL, Oliveira AEC, Carvalho JO, Paiva EP, Thofehrn MB, Borel MGC. Relato de experiência sobre aplicação do método canguru em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v.3, n.4, p.8767-8774 jul./aug. 2020.

Published

2021-01-04

How to Cite

FEITOZA, L. N. da C.; SANTOS, N. T. dos; LUZ, S. de A. da; BELO, T. C. F.; MENEZES, V. B. B.; ROCHA, R. S.; BARROS, L. de O.; SILVA, M. G. C. da. Facilidades e dificuldades no manejo do Método Canguru no cotidiano dos profissionais de saúde: contribuições para o planejamento gestor. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 3, n. 6, p. 20114–20131, 2021. DOI: 10.34119/bjhrv3n6-378. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22483. Acesso em: 29 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers