Avaliação temporal do perfil de resistência de pseudomonas aeruginosa isoladas de pacientes internados em hospital oncológico em Belém-PA, Brasil em 2017 / Temporal evaluation of the pseudomonas aeruginosa resistance profile isolated from inpatients at a cancer hospital in Belem, Brazil, in 2017

Authors

  • Tirça Naiara da Silva Iúdice
  • Hadassa Hanna Soares Martins
  • Eliane Leite da Trindade
  • Nilson Veloso Bezerra
  • Luan Filipe de Souza Pereira

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv2n4-018

Keywords:

Infecção, resistência, Pseudomonas.

Abstract

 

OBJETIVO: Avaliar a ocorrência de infecção hospitalar por Pseudomonas aeruginosa e seu perfil de resistência em pacientes hospitalizados em um hospital oncológico em Belém – PA. MATERIAIS E MÉTODOS: Tratou-se de um estudo observacional, retrospectivo e transversal realizado de janeiro a dezembro de 2017 em um hospital oncológico em Belém – PA. RESULTADOS: Foram detectados 175 (7,52%) isolados de P. aeruginosa de um total de 2.327 exames bacteriológicos positivos para bacilos Gram negativos (BGN). Desses pacientes com bacteremia por P. aeruginosa, 119 (68%) eram do sexo masculino e 56 (32%) feminino. A P.aeruginosa foi isolada com maior frequência em amostras do trato respiratório com 39,43% dos casos e no trato urinário com 33,14% dos casos, todas se apresentaram sensíveis a Colistina 100% e 70,69% das P. aeruginosa isoladas foram sensíveis aos carbapenens. CONCLUSÃO: Os dados mostraram que a ocorrência de infecções por P. aeruginosa apresentou seu ponto mais baixo no mês de abril com 5,22% de casos e seu ápice no mês de julho com 8,93% de casos, sendo isolada principalmente nos tratos respiratório e urinário com maior frequência em pacientes internados em centros de terapia intensivos, apresentando 100% de sensibilidade a Colistina e em seguida aos carbapenens.

References

Ferrareze MVG, Leopoldo VC, Andrade D, Silva MFI, Haas VJ (2007) Multi-resistant Pseudomonas aeruginosa among patients from an intensive care unit: persistent challenge? Acta Paulista de Enfermagem 20: 7-11.

Joo et al (2011) Risk Factors for Mortality in Patients with Pseudomonas aeruginosa Bacteremia: Clinical Impact of Antimicrobial Resistence on Outcome v.17: 305-312.

Rampelotto RF, de Freitas FP, Lorenzoni VV, Serafin MB, Coelho SS, Hörner R (2017) Resistência à colistina em isolados de hemoculturas de recém-nascidos admitidos em um hospital escola. Saúde (Santa Maria) 43: 1-7.

Santos SOD, Rocca SML, Hörner R (2016) Colistin resistance in non-fermenting Gram-negative bacilli in a university hospital. Brazilian Journal of Infectious Diseases 20: 649-650.

Andrade D D, Leopoldo V C, Haas V J (2006) Occurrence of multi-resistant bacteria in the Intensive Care unit of a Brazilian hospital of emergencies. Revista Brasileira de Terapia Intensiva 18: 27-33.

Pires EJVC, Silva Júnior VVD, Lopes ACDS, Veras DL, Leite LE, Maciel MAV (2009) Epidemiologic analysis of clinical isolates of Pseudomonas aeruginosa from an university hospital. Revista Brasileira de terapia intensiva 21: 384-390.

Neves P R, Mamizuka E M, Levy C E, Lincopan N (2011) Pseudomonas aeruginosa multirresistente: um problema endêmico no Brasil. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial 47: 409-420.

Oliveira Costa P, Atta E H, da Silva A R A (2015). Infection with multidrug resistant gram negative bacteria in a pediatric oncology intensive care unit: risk factors and outcomes. Jornal de Pediatria 91: 435-441.

Figueiredo EAPD (2006) Perfil de sensibilidade da Pseudomonas aeruginosa estudo retrospectivo em dois hospitais do Recife PE. Pernambuco, Brasil, 93p. (M.Sc. Dissertation. Centro de Ciências da Saúde. UFPE).

Organização Mundial de Saúde - OMS. 2003. Vencendo a resistência microbiana. Disponível em: http://www.ccih.med.br/fatores-que-contribuem-para-resistencia/. Acesso em: 15 Mai 2018.

Cezário R C (2008) Surto por Pseudomonas aeruginosa resistente ao imipenem nas Unidades de Terapia Intensiva/ Adulto de dois hospitais de Uberlândia – MG. Minas Gerais,Brasil, 77p. (Tese de Doutorado. Instituto de Ciências Biomédicas. UFU).

Onguru P, Erbay A, Bodur H, Baran G, Akinci E, Balaban N, Cevik M A (2008) Imipenem-resistant Pseudomonas aeruginosa: risk factors for nosocomial infections. Journal of Korean Medical Science 23: 982-987.

GONÇALVES, Iara Rossi et al. Carbapenem-resistant Pseudomonas aeruginosa: association with virulence genes and biofilm formation. brazilian journal of microbiology, v. 48, n. 2, p. 211-217, 2017.

Engelhart S, Krizek L, Glasmacher A, Fischnaller E, Marklein G, Exner M (2002) Pseudomonas aeruginosa outbreak in a haematology–oncology unit associated with contaminated surface cleaning equipment. Journal of Hospital Infection 52: 93-98

Figueiredo DQD, Castro LFS, Santos KRN, Teixeira LM, Mondino SSBD (2009) Detection of metallo-beta-lactamases in hospital strains of Pseudomonas aeruginosa and Acinetobacter baumannii. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial 45: 177-184.

Fuentefria D B, Ferreira A E, Gräf T, Corção G (2008) Pseudomonas aeruginosa: spread of antimicrobial resistance in hospital effluent and surface water. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 41: 470 - 473.

Fernandes T A, Pereira C A P, Petrilli A S, Pignatari A C C (2010) Caracterização molecular de Pseudomonas aeruginosa resistentes a carbapenêmicos e produtoras de metalo-?-lactamase isoladas em hemoculturas de crianças e adolescentes com câncer. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 43: 372 - 376.

Morales-Espinosa R, Delgado G, Espinosa L F, Isselo D, Méndez J L, Rodriguez C, Miranda G, Cravioto A (2017) Fingerprint analysis and identification of strains ST309 as a potential high risk clone in a Pseudomonas aeruginosa population isolated from children with bacteremia in Mexico City. Frontiers in microbiology 8: 1-12.

Ruiz - Garbajosa P, Cantón R (2017) Epidemiology of antibiotic resistance in Pseudomonas aeruginosa. Implications for empiric and definitive therapy. Rev Esp de Quimioter 30: 8 – 12.

Ferreira H, Lala E R P (2010) Pseudomonas aeruginosa: Um alerta aos profissionais de saúde. Rev Panam de Infectol 12: 44-50.

Deliberali B, Myiamoto K N, Neto W D P C H, Pulcinelli R S R, Aquino A R D C, Vizzotto B S, Santos R C V (2011) Prevalence of non-fermenting Gram-negative bacilli among inpatients from Porto Alegre-RS. J Bras de Patol e Med Lab 47: 529-534.

Pessoa VS (2013) Pseudomonas aeruginosa: epidemiologia e resistência a antimicrobianos em Hospital Universitário do sudeste do Brasil. Minas Gerais, Brasil, 49p. (M.Sc. Dissertation. Programa de Pós – Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. UFU).

Bédard E, Prévost M, Déziel E (2016) Pseudomonas aeruginosa in premise plumbing of large buildings. MicrobiologyOpen 5: 937-956.

Nóbrega MDS, do Carmo Filho JR, Pereira MS (2011) Drug resistance evolution of Pseudomonas aeruginosa and Acinetobacter baumannii in intensive care units. Revista Eletrônica de Enfermagem 15: 696-703.

Teixeira J D O G (2011) Infecção da corrente sanguínea causada por Pseudomonas aeruginosa resistente aos carbapenêmicos: fatores associados a mortalidade e influência da terapia combinada com polimixina B e imipenem. São Paulo, Brasil, 76 p. (M.Sc. Dissertation. Escola Paulista de Medicina. UNIFESP).

Matos ECOD, Modesto NDS, Costa WLOD, Carneiro ICDRS, Lima KVB (2014) Prevalência de agentes microbianos e sensibilidade da Pseudomonas aeruginosa. Revista paraense de medicina 28: 35-43.

Queiroz G M, da Silva L M, Pietro R C L R, Salgado H R N (2012) Multirresistência microbiana e opções terapêuticas disponíveis. Rev Bras Clin Med 10:132-138.

Published

2019-04-23

How to Cite

IÚDICE, T. N. da S.; MARTINS, H. H. S.; TRINDADE, E. L. da; BEZERRA, N. V.; PEREIRA, L. F. de S. Avaliação temporal do perfil de resistência de pseudomonas aeruginosa isoladas de pacientes internados em hospital oncológico em Belém-PA, Brasil em 2017 / Temporal evaluation of the pseudomonas aeruginosa resistance profile isolated from inpatients at a cancer hospital in Belem, Brazil, in 2017. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 2, n. 4, p. 2453–2465, 2019. DOI: 10.34119/bjhrv2n4-018. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1800. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers