Influência da realidade virtual no equilíbrio de pacientes hemiparéticos pós-ave / Influence of virtual reality on balance of hemiparetic patients after ave

Authors

  • Jordano Leite Cavalcante de Macêdo
  • Leonardo Raphael Santos Rodrigues
  • Ana Patricia de Carvalho Petillo Rodrigues
  • Francisco José Alencar
  • Leylane Auzeni Mendes Rilzer Lopes
  • Caroline Rodrigues de Barros Moura
  • Paloma Soares Mota

DOI:

https://doi.org/10.34119/bjhrv3n4-328

Keywords:

Fisioterapia, Realidade virtual, Equilíbrio, Escala de Berg

Abstract

Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) ou acidente vascular cerebral (AVC) é uma doença encéfalo-vascular causada por interrupção do suprimento de sangue no cérebro. O AVE pode decorrer da isquemia ou hemorragia no tecido cerebral, levando a danos celulares e complicações neurológicas. Objetivo: O objetivo da pesquisa foi evidenciar a realidade virtual como um recurso de reabilitação no tratamento de pacientes com sequela de AVE. Métodos: Estudo de caráter experimental, utilizando-se a realidade virtual através do videogame Nintendo Wii. Foram selecionados 06 pacientes, com média de idade de 58 anos. Os indivíduos foram submetidos a 20 atendimentos utilizando-se o acessório Balance Board e os jogos Penguin Slide e Soccer Heading. Os indivíduos foram submetidos a avaliação com escala de Equilíbrio de Berg. Resultado: Observou-se melhora do equilíbrio estático e dinâmico dos pacientes, quando comparados os resultados da Escala de equilíbrio de Berg inicial (média 29,16 pontos) e Berg final (média de 36,16 pontos). Discussão: A realidade virtual através dos jogos que trabalham equilíbrio e transferência de peso vem trazendo aos pacientes melhora no déficit de equilíbrio e na distribuição de peso. Por ser uma inovação tecnológica, a realidade virtual mostra-se promissora, sendo de grande expectativa que haja resultados satisfatórios. O ambiente virtual, através de jogos, promove a interação do paciente, por meio das reações de equilíbrio, gerando no indivíduo a sensação de experimentar uma realidade diferente. Conclusão: Após o protocolo de atendimento aplicado, observou-se que a realidade virtual utilizando o Nintendo Wii foi eficaz no tratamento de hemiparético pós-acidente vascular encefálico, evidenciando melhora do equilíbrio dos pacientes em questão. O resultado positivo sugere que o mesmo protocolo de atendimento pode ser usado com uma quantidade maior de amostra.

References

BRASIL. Ministe?rio da Sau?de. Secretaria de Atenc?a?o a? Sau?de. Departamento de Ac?o?es Programa?ticas Estrate?gicas. Diretrizes de atenc?a?o a? reabilitac?a?o da pessoa com acidente vascular cerebral / Ministe?rio da Sau?de, Secretaria de Atenc?a?o a? Sau?de, Departamento de Ac?o?esPrograma?ticasEstrate?gicas. Brasi?lia: Ministe?rio da Sau?de, 2013.

BURKE, J. W. et al. Optimising engagement for stroke rehabilitation using serious games. The Visual Computer, v. 25, n. 12, p. 1085, 2009.

CAMEIRÃO, M. S. et al. The impact of positive, negative and neutral stimuli in a virtual reality cognitive-motor rehabilitation task: a pilot study with stroke patients. Journal of neuroengineering and rehabilitation, v. 13, n. 1, p. 70, 2016.

CARVALHO, V. P.; LEONARDO, H.; RIBEIRO, S. Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com acidente vascular cerebral Clinical and epidemiological profile of patients with stroke. n. 2011, 2019.

DOS SANTOS TELES, M.; GUSMÃO, C. Avaliação funcional de pacientes com Acidente Vascular Cerebral utilizando o protocolo de Fugl-Meyer. Revista Neurociencias, v. 20, n. 1, p. 42-49, 2012.

FARIA, A. C. A. et al. Care path of person with stroke: from onset to rehabilitation. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 3, p. 495-503, 2017.

FLUET PHD, G. et al. Virtual reality-augmented rehabilitation for patients in sub-acute phase post-stroke: A feasibility study. Journal of Pain Management, 2016.

GARRITANO, C. et al. Análise da Tendência da Mortalidade por Acidente Vascular Cerebral no Brasil no Século XXI. Arq Bras Cardiol. v. 98, n.6, p. 519-527, 2012.

LESSMANN, J. C. et al. Atuação da enfermagem no autocuidado e reabilitação de pacientes que sofreram Acidente Vascular Encefálico. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 64, n. 1, p. 198-202, 2011.

LEVAC, Danielle E.; GALVIN, Jane. When is virtual reality “therapy”?. Archives of physical medicine and rehabilitation, v. 94, n. 4, p. 795-798, 2013.

LOPES, G.L.B. et al. Influência do tratamento por realidade virtual. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo,v. 24, n.2, p. 121-126. Ago, 2013.

MENDES, F. et al. Motor learning, retention and transfer after virtual-reality-based training in Parkinson’s disease – effect of motor and cognitive demands of games: a longitudinal, controlled clinical study. Physiotherapy. v. 98, n.8, p.217-23, Sep. 2012

MERIANS, A. S. et al. Virtual reality–augmented rehabilitation for patients following stroke. Physical therapy, v. 82, n. 9, p. 898-915, 2002.

MIYAMOTO, S. T. et al. Brazilian version of the Berg balance scale. Brazilian journal of medical and biological research, v. 37, n. 9, p. 1411-1421, 2004.

MONTEIRO, J. M. et al. Análise de equilíbrio e funcionalidade em indivíduos hemiparéticos pós-ave. Caderno de Graduação-Ciências Biológicas e da Saúde-UNIT-ALAGOAS, v. 5, n. 1, p. 103, 2018.

MUJDECI, B. et al. Evaluation of balance in fallers and non-fallers elderly. Braz J Otorhinolaryngol, São Paulo, v.78, n.5, p.104-9, 2012.

Nintendo Wii – Hardware Information. Nintendo. Disponível em: <https://web.archive.org/web/20080212080618/http://wii.nintendo.com/controller.jsp>. Acesso em: 10 abr. 2019.

OMS – Organização Mundial da Saúde, CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde [Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações Internacionais, org.; coordenação da tradução Cassia Maria Buchalla]. São Paulo: Universidade de São Paulo – EDUSP, 2003.

PIASSAROLI, C.A.P. et al. Modelos de Reabilitação Fisioterápica em Pacientes Adultos com sequelas de AVC Isquêmico. Rev. Neurocienc. v.20, n.1, p.128-137, 2012.

POLESE, J. C. et al. Avaliação da funcionalidade de indivíduos acometidos por Acidente Vascular Encefálico- Rev. Neurocienc. v.16, n.3, p. 175-178, 2008.

SARDI, M. D.; SCHUSTER, R. C; ALVARENGA, L. F. C. Efeitos da realidade virtual em hemiparéticos crônicos pós acidente vascular encefálico. Revista de Atenção à Saúde, v. 10, n. 32, 2012.

SCHIVINATO, A.M. et al. Influência do Wii Fit no equilíbrio e paciente com disfunção cerebelar: estudo de caso. J Health Sci Inst. v.28, n. 1, p. 50-2. 2009.

SHIN, Joon-Ho; RYU, Hokyoung; JANG, Seong Ho. A task-specific interactive game-based virtual reality rehabilitation system for patients with stroke: a usability test and two clinical experiments. Journal of neuroengineering and rehabilitation, v. 11, n. 1, p. 32, 2014.

SILVA, W. H. S. et al. Efeito de um programa de reabilitação usando realidade virtual para equilíbrio e funcionalidade de pacientes com AVC crônico. Motriz: rev. educ. fis., Rio Claro, v. 21, n. 3, p. 237-243, Set. 2015.

SPOSITO, L. A. C. et al. Experiência de treinamento com Nintendo Wii sobre a funcionalidade, equilíbrio e qualidade de vida de idosas. Motriz: rev. educ. fis., Rio Claro, v. 19, n. 2, p. 532-540, Jun. 2013 .

TAVARES, C.N. et al. Uso do Nintendo® Wii para Reabilitação de Crianças com Paralisia Cerebral: Estudo de Caso. Rev Neurocienc., São Paulo, v.21, n.2, p. 286-293, 2013.

ZANELLA, Aline Margioti; DE SOUZA, Tarcísio Menezes Rodrigues; BONVICINE, Cristiane. O uso do Nintendo®? Wii para reabilitação de escoliose postural: relato de caso/The use of Nintendo®? Wii for rehabilitation of postural scoliosis: case report. Brazilian Journal of Health Review, v. 2, n. 2, p. 910-924, 2019.

Published

2020-08-27

How to Cite

MACÊDO, J. L. C. de; RODRIGUES, L. R. S.; RODRIGUES, A. P. de C. P.; ALENCAR, F. J.; LOPES, L. A. M. R.; MOURA, C. R. de B.; MOTA, P. S. Influência da realidade virtual no equilíbrio de pacientes hemiparéticos pós-ave / Influence of virtual reality on balance of hemiparetic patients after ave. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 10674–10684, 2020. DOI: 10.34119/bjhrv3n4-328. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/15707. Acesso em: 29 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers