Casos de pacientes infectados com Chikungunya e a relação com as mudanças climáticas em Alagoas, Brasil / Chikungunya pacientes infected cases and the relation with climate changing in Alagoas, Brazil

Authors

  • Lucas Gazzaneo Gomes Camelo
  • Lucas Pacheco Vital Calazans
  • Rafael de Almeida Omena
  • Emanuelle Cavalcante Pimentel
  • Valéria Cristina de Melo Lopes
  • Magliones Carneiro de Lima
  • Jair Faé
  • Marcos Reis Gonçalves
  • Cristiane Monteiro da Cruz

Keywords:

Febre de Chikungunya. Mudança climática. Sorologia. Vírus Chikungunya.

Abstract

Introdução: a chikungunya é uma patologia febril causada pelo vírus chikungunya, um alfavírus pertencente à família togaviridae. no brasil, o primeiro caso registrado foi em 2010. objetivo: correlacionar os casos notificados e positivos de chikungunya com a sazonalidade dos anos de 2014 a 2017 como fator extrínseco potencializador de patologias em alagoas. desenho do estudo: estudo epidemiológico observacional descritivo. métodos: estudo baseado na avaliação de 6.501 amostras de sangue de indivíduos no período de 2014 a 2017 no laboratório central de alagoas através de sorologia para igm, igg, rttr e rtpcr, correlacionando com dados de variações meteorológicas do instituto nacional de meteorologia no referido período. aliado a isso, foi realizada uma análise documental dos boletins epidemiológicos semanais do ministério da saúde nesses anos. resultados: em 2014 e 2015 nenhum exame realizado foi significativo para detectar a presença da doença. em 2016, 477 exames (rttr e rtpcr) foram realizados e 290 (62%) detectaram a doença. a pluviosidade média desse ano foi 1,76mm, e a temperatura média foi 26,17°c. em 2017 (até agosto), 536 exames (rttr e rtpcr) foram realizados e 288 (53,7%) detectaram a doença. a pluviosidade média desse ano foi 14,13mm, e a temperatura média foi 25,79°c. em 2014, até a semana epidemiológica (se) 53 foram contabilizados 3.657 casos. em 2015, até a se 48, foram notificados 17.765 casos. em 2016, até a se 49, 263.598 casos foram registrados, sendo 229.157 na região nordeste. em 2017, até a se 35 foram notificados 171.930 casos; 130.910 foram na região nordeste (76,14%) e 437 no estado de alagoas (0,25%). discussão: diversos exames laboratoriais são importantes para a detecção do vírus (rttr, rtpcr, igg/elisa, igg/gage, igm/elisa, igm/mace). através do conhecimento e compreensão dos dados epidemiológicos relacionados a essa patologia é possível esclarecer a situação atual em que se encontra as regiões brasileiras. a partir disso, a população poderá ser beneficiada uma vez que debates serão fomentados e novos estudos e pesquisas sobre o tema poderão ser desenvolvidos. conclusão: apesar do aumento do índice pluviométrico e das mudanças de temperatura, não foi observado uma mudança significativa dos casos de chikungunya. há a possibilidade de que as alterações de chuva e temperatura causem um aumento, mas que seja mascarado por outros fatores.

References

Pialoux G, Gaüzère BA, Jauréguiberry S, Strobel M. Chikungunya, an epidemic arbovirosis. Lancet Infect Dis. 2007;7(5):319-27.

Ross RW. The Newala epidemic. III. The virus: isolation, pathogenic properties and relationship to the epidemic. J Hyg (Lond). 1956;54(2):177-91.

CASTRO, Anita Perpetua Carvalho Rocha de; LIMA, Rafaela Araújo; NASCIMENTO, Jedson dos Santos. Chikungunya: vision of the pain clinician. Revista Dor, v. 17, n. 4, p. 299-302, 2016.

Chow A, Her Z, Ong EK, Chen JM, Dimatatac F, Kwek DJ, et al. Persistent arthralgia induced by Chikungunya virus infection is associated with interleukin-6 and granulocyte macrophage colony-stimulating factor. J Infect Dis. 2011;203(2):149-57.

OLIVEIRA, Consuelo Silva; DA COSTA, Pedro Fernando. Risco do chikungunya para o Brasil. Rev Saúde Pública, v. 49, p. 58, 2015.

Labadie K, Larcher T, Joubert C, Mannioui A, Delache B, Brochard P, et al. Chikungunya disease in nonhuman primates involves long-term viral persistence in macrophages. J Clin Invest. 2010;120(3):894-906.

Saxena AA, Jawatkar J, Murthy JM, Rath A, Guruprasad H. Entrapment neuropathies in chikungunya arthritis: clinical and electrodiagnostic study. Ann Indian Acad Neurol. 2008;11(2):142.

ALBUQUERQUE, I. G. C. et al. Chikungunya virus infection: report of the first case diagnosed in Rio de Janeiro, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Brasília, DF, v. 45, n. 1, p. 128-129, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v45n1/26.pdf>. Acesso em: 27 de out de 2017.

HAAG, A.J.P. et al. VÍRUS CHIKUNGUNYA E SUAS IMPLICAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS NO BRASIL E NO MUNDO. Anais de Medicina, 2016. Disponível em: < http://editora.unoesc.edu.br/index.php/anaisdemedicina /article/view/12087>. Acesso em: 27 de out de 2017.

Published

2019-01-04

How to Cite

CAMELO, L. G. G.; CALAZANS, L. P. V.; OMENA, R. de A.; PIMENTEL, E. C.; LOPES, V. C. de M.; LIMA, M. C. de; FAÉ, J.; GONÇALVES, M. R.; CRUZ, C. M. da. Casos de pacientes infectados com Chikungunya e a relação com as mudanças climáticas em Alagoas, Brasil / Chikungunya pacientes infected cases and the relation with climate changing in Alagoas, Brazil. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 520–526, 2019. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/1090. Acesso em: 28 mar. 2024.

Issue

Section

Original Papers