Perfil epidemiológico da esquistossomose nos municípios da costa das baleias no período de 2001 a 2017 / Epidemiological profile of schistosomiasis in the whales coast cities in the period 2001 to 2017
DOI:
https://doi.org/10.34188/bjaerv3n2-001Palavras-chave:
Schistosoma, Epidemiologia, Biomphalaria, SINAN.Resumo
No Brasil, estima-se que 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair esquistossomose, e até o presente não há intervenções de sucesso para a interrupção da transmissão, tampouco redução da prevalência em nível inferior a 5,0%. Devido à escassez de estudos epidemiológicos sobre esquistossomose nos municípios que formam a Costa das Baleias (Bahia), buscou-se contribuir para a ampliação dos conhecimentos sobre esta parasitose. Esta pesquisa teve como objetivo analisar dados epidemiológicos de esquistossomose notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2001-2017 nos municípios que formam a Costa das Baleias, Extremo Sul da Bahia. Realizou-se um estudo epidemiológico analítico observacional descritivo onde dados das variáveis quantitativa e qualitativa da esquistossomose foram coletados no SINAN. No período de 2001-2017, foram notificados 544 casos de esquistossomose, havendo uma prevalência na faixa etária entre 20 e 39 anos, com predominância no sexo feminino 281 (51,65%). Um dos problemas frequentemente encontrado nesta pesquisa foram os casos de subnotificação ocorridos durante o período estudado, pois houve uma oscilação nas notificações recorrente ao longo dos anos. Atualmente, a esquistossomose é um problema real de saúde pública, sendo necessário investir em políticas de saneamento básico.
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