O manejo de medicamentos em domicílio para pacientes oncológicos em cuidados paliativos/ The management of home medications for cancer patients in palliative care
DOI:
https://doi.org/10.34115/basrv4n5-025Abstract
No cenário domiciliar é recorrente a presença de aspectos obstacularizadores para o manejo adequado de medicamentos. Este estudo, de natureza qualitativa, objetivou identificar, descrever e analisar como os cuidadores principais de pacientes em cuidados paliativos oncológicos, compreendem o tratamento medicamentoso e lidam com o manejo dos medicamentos em domicílio. Realizou-se quinze entrevistas semiestruturadas e audiogravadas. A análise do material deu-se segundo a técnica de análise de conteúdo de Bardin e utilizou-se, como referencial teórico, o pensamento complexo de Morin. Como resultados, emergiram três categorias principais: 1) Seguimento da prescrição médica; 2) Práticas de gerenciamento de medicamentos e 3) Conhecimentos para o controle de sintomas. Destaca-se a importância da transdisciplinaridade e da integração do farmacêutico nos serviços de assistência domiciliar.
References
Bellato R, Carvalho EC. O jogo existencial e a ritualização da morte. Rev. latinoam. enferm. 2005; 13(1):99-104.
Boff L. Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra.15. ed. Petrópolis, RJ: Vozes; 2008.
Oliveira BRG, Collet N, Vieira CS. A humanização na assistência à saúde. Rev. latinoam. enferm. 2006; 14(2):277-84.
Gutierrez PL. O que é o paciente terminal. Rev. Assoc. Med. Bras. 2001; 47(2):92.
Queiroz AHAB, Pontes RJS, Souza AMA, Rodrigues TB. Percepção de familiares e profissionais de saúde sobre os cuidados no final da vida no âmbito da atenção primária à saúde. Ciênc. Saúde Colet. 2013; 18(9):2615-23.
Bird BRJH, Swain SM. Cardiac Toxicity in Breast Cancer Survivors: Review of Potential Cardiac Problems. Clin Cancer Res. 2008; 14(1):14-24.
Ferris FD, Bruera E, Cherny N, Cummings C, Currow D, Dudgeon D, et al. Palliative cancer care a decade later: Accomplishments, the need, next steps – from the American Society of Clinical Oncology. J. clin. oncol. 2009; 27(18):3052-58.
Institute of Medicine (IOM). From Cancer Patient to Cancer Survivor: Lost in Transition. Committee on Cancer Survivorship: Improving Care and Quality of Life. Washington (DC): The National Academies Press 2006 (US) [acesso em 2017 nov 8]; Disponível em: < https://www.georgiacancerinfo.org/articleImages/articlePDF_396.pdf>
De Paula CC, Mutti CF, Padoin SMM, Bubadué RM, Dos Santos EEP, Da Silva CB. Cuidado Paliativo em Oncologia: Estudo de Revisão da Literatura. Rev. Enferm. UFPE online. 2013; 7(1):246-61.
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar, v. 1. – Brasília: 2012 [acesso em 2017 jul 12]. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/cad_vol1.pdf>
Kavalec FL. Participação do farmacêutico nas atividades de cuidados paliativos a pacientes oncológicos. Conselho Federal de Farmácia. 2004 [acesso em 2016 nov 23]. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/2004%20-%20Men%C3%A7%C3%A3o%20Honrosa%20-%20Flavia%20Ludimila%20Kavalec(1).doc>
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de atenção domiciliar, v. 2. – Brasília: 2013 [acesso em 2017 jul 12]. Disponível em: <http://www.fatene.edu.br/site/images/Biblioteca/manuais_enfermagem/caderno_atencao_domiciliar_melhor_casa%20(1).pdf>
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador. Brasília: 2008 [acesso em 2016 nov 23]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf
Masman AD, Van Dijk M, Tibboel D, Baar FPM, Mathôt RAA. Medication use during end-of-life care in a palliative care centre. Int. j. clin. pharm. 2015; 37:767-775.
Freitas NO, Pereira MVG. Percepção dos enfermeiros sobre cuidados paliativos e o manejo da dor na UTI. Mundo saúde. 2013; 37(4):450-457.
Gillespie R, Mullan J, Harrisson L. Managing medications: the role of informal caregivers of older adults and people living with dementia. A review of the literature. J. clin. nurs. 2014; 23(23-24):3296-3308.
Novais T, Duclos A, Varin R, Lopez I, Chamouard V. Treatment-related knowledge and skills of patients with haemophilia and their informal caregivers. Int. j. clin. pharm. 2016; 38:61-69.
Lau D, Berman R, Halpern L, Pickard AS, Schrauf R, Witt Whitney. Exploring Factors that Influence Informal Caregiving in Medication Management for Home Hospice Patients. J. palliat. med. 2010; 13(9):1085-1090.
Bardin L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2011.
Morin E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Ed. Sulina; 2007.
Turato ER. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas. 5. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
Oliveira DC. Análise de Conteúdo Temático-Categorial: Uma proposta de sistematização. Rev. enferm.UERJ. 2008; 16(4):569-76.
Bicalho CS, Lacerda MR, Catafesta F. Refletindo sobre quem é o cuidador familiar. Cogitare enferm. 2008; 13(1):118-123.
Parand A, Garfield S, Vincent C, Franklin BD. Carers’ Medication Administration Errors in the Domiciliary Setting: A Systematic Review. PLos ONE. 2016; 11(12):4-18.
Pinheiro MLA, Martins FDP, Rafael, CMO, De Lima UTS. Paciente oncológico em cuidados paliativos: A perspectiva do familiar cuidador. Rev. enferm. UFPE online. 2016; 10(5):1749-55.
Milton JC, Hill-Smith I, Jackson SHD. Prescribing for older people. BMJ. 2008; 336:606-609.
Godfrey CM, Harrison MB, Lang A, Macdonald M, Leung T, Swab M. Homecare safety and medication management with older adults: a scoping review of the quantitative and qualitative evidence. JBI Database System Rev Implement Rep. 2013; 11(7):82-130.
Reinhard SC, Levine C, Samis S. Home Alone: Family Caregivers Providing Complex Chronic Care. AARP Public Policy Institute, p.1-50, 2012 [acesso em 2017 nov 07]; Disponível em: < https://www.aarp.org/content/dam/aarp/research/public_policy_institute/health/home-alone-family-caregivers-providing-complex-chronic-care-rev-AARP-ppi-health.pdf>
Briceland LL. Medication errors: an exposé of the problem. Medscape pharmacists. 2000 [acesso em 2018 set 21]; Disponível em: <https://www.medscape.com/viewarticle/408559>
Monegat M, Sermet C. Polypharmacy: Definitions, Measurement and Stakes Involved Review of the Literature and Measurement Tests. Questions d’économie de la santé n.204, p.1- 8, 2014.
Chisholm-Burns MA, Spivey CA. Pharmacoadherence: A new term for significant problem. Am. j. health system pharm. 2008; 65:661-67.
Laroche ML, Charmes JP, Nouaille Y, Picard N, Merle L. Is inappropriate medication use a major cause of adverse drug reactions in the elderly? Br J Clin Pharmacol. 2007; 63:177-86.
Gray SL, Mahoney JE, Blough DK. Medication adherence in elderly patients receiving home health services following hospital discharge. Ann. pharmacother. 2001; 35(5):539-45.
Cassiani SHB, Gimenes FRE, Freire CC. Avaliação da prescrição médica eletrônica em um hospital universitário. Rev. bras. enferm. 2002; 55(5):509-13.
Heydrich J, Heineck I, Bueno D. Observation of preparation and administration of drugs by nursing assistants in patients with enteral feeding tube. Braz. J. Pharm. Sci. 2009; 45(1):117-120.
Boullata, JI. Drug Administration Through an Enteral Feeding Tube. AJN. 2009; 109 (10):34-42.
Moura GMS, Magalhães AMM, Dall’Agnol CM, Hoffmeister LV. Face oculta de um processo participativo para escolha de chefias de enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2012; 21(3):528-34.
Andrade CG, Dos Santos KFO, Da Costa SFG, Fernandes MGM, Lopes MEL, Souto MC. Cuidados Paliativos ao Paciente Idoso: uma Revisão Integrativa da Literatura. Rev. bras. ciênc. saúde. 2012; 16(3):411-18.
Ministério da Saúde (Brasil), Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O que devemos saber sobre medicamentos. Brasília: MS, 2010. [acesso em 2018 Set 27]. Disponível em:http://portal.anvisa.gov.br
Mastroianni PC, Lucchetta RC, Sarra JR, Galduróz JCF. Estoque doméstico e uso de medicamentos em uma população cadastrada na estratégia saúde da família no Brasil. Rev. Panam. Salud Publica 2011; 29(5):358-64.
Alencar TOS, Machado CSR, Costa, SCC. Descarte de medicamentos: uma análise da prática no Programa Saúde da Família. Ciênc. Saúde Colet. 2014; 19 (7):2157-66
Bucher JA, Houts PS, Nezu CM, Nezu AM. Improving problema-solving skills of family caregivers through group education. J. psychosoc. oncol. 1999; 16(3-4):73-84.
Travis SS, Bethea LS, Winn P. Medication administration hassles reported by family caregivers of dependent elderly persons. J. gerontol. Ser. A, Biol. sci. med. sci.2000; 55(7):M412-17.
Rosenberg JP, Bullen T, Maher K. Supporting family caregivers with Palliative Symptom Management: A Qualitative Analysis of the Provision of an Emergency Kit in the Home Setting. Am J Hosp Palliat Care 2015; 32(5):484-9.
Ullgren H, Tsitsi T, Papastravou E, Charalambous A. How family caregivers of cancer patients manage symptoms at home: A systematic review. Int J Nurs Stud 2018; 85:68-79.
Sarmento VP, Marjolein G, Higginson I, Gomes B. Home Palliative Care Works: but how? A meta-ethnography of the experiences of patients and family caregivers. BMJ Support Palliat Care 2017; 7(4):390-403.