Do paradigma da corporeidade à semiótica do corpo:uma reflexão sobre a produção de subjetividade nas vivências em Biodanza/ From the paradigm of corporeity to the semiotics of the body:a reflection on the production of subjectivity in Biodanza experiences
DOI:
https://doi.org/10.34117/bjdv6n5-439Keywords:
corporeidade - semiótica do corpo - subjetividade – vivênciaAbstract
Este trabalho propõe-se estabelecer um diálogo entre o paradigma da corporeidade e a semiótica do corpo, como se articulam entre si, para assim refletir sobre a produção de subjetividades a partir da prática de vivências em Biodanza. O texto evidencia a fenomenologia de Merleau-Ponty para embasamento dos conceitos de corporeidade e semiótica em interlocução com outros teóricos. Para a apresentação da Biodanza nos reportamos ao arcabouço teórico - metodológica de Rolando Toro, criador da técnica e dialogamos com o filósofo Wilhelm Dilthey para tratar do conceito de vivência. A Biodanza é um sistema vivencial de integração e desenvolvimento humano que visa promover a (re) aprendizagem afetiva do sujeito-praticante. A dança na Biodanza é a dança da vida, é movimento pleno de sentido que tem o propósito de deflagrar vivências de vitalidade, afetividade, criatividade, prazer cenestésico e pertencimento. É um sistema vivenciado em grupo por meio de dinâmicas que envolvem músicas específicas e movimentos plenos de significados que visam despertar e fortalecer potenciais genéticos humanos que foram bloqueados ao longo da vida. O afloramento desses potenciais genéticos promove a transformação no estilo de vida e por sua vez na identidade, o que nos leva a produção de subjetividades.
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