Percepção de idosos urbanos e ribeirinho sobre o processo de envelhecimento / Perception of urban elderly and ribeirinho about the aging process
DOI:
https://doi.org/10.34119/bjhrv3n2-077Keywords:
Envelhecimento, Idoso, Ribeirinho, UrbanoAbstract
O envelhecimento vem se tornando cada vez mais discutido no cenário atual nas mais diversas áreas dos saberes, principalmente em virtude do seu crescimento acelerado, trazendo cada vez mais necessidade de novos estudos no que se refere à qualidade de vida na terceira idade. O presente artigo tem como objetivo compreender a percepção sobre o processo de envelhecimento de idosos urbanos e ribeirinho no município de Belém-PA. O estudo envolveu 148 idosos, 85 idosos de ambientes urbanos (GU) e 63 de ambientes ribeirinhos (GR). A amostra da pesquisa se deu por conveniência. Os dados foram analisados por meio dos softwares Iramuteq e SPSS. Os resultados revelaram uma homogeneidade nos resultados analisados entre os dois contextos para ambas as perguntas, onde a palavra ‘’Não’’ foi a de maior frequência. Sendo mencionada 111 vezes pelo (GR) na pergunta um seguido de ‘’Gente’’ e ‘’Envelhecer’’ com 67 vezes e 97 vezes pelo (GU) seguida das palavras ‘’Envelhecer’’ com 67 vezes e ‘’Estar’’ com 50. Porém, enquanto que para a pergunta um “o que é envelhecer para você?”, a palavra ‘’Não’’ tanto no contexto urbano como no ribeirinho está mais atrelada à ideia negativa e ao conformismo com o próprio envelhecimento. A pergunta dois “Como é envelhecer nesse contexto?” a palavra “Não” foi mencionada pelo (GR) 224, seguida do ‘’Porque’’ com 99 e ‘’Envelhecer’’ com 81 vezes e 90 vezes pelo (GU) seguida de “Aqui” com 70 e ‘’Bom’’ com 35 vezes. Está mais vinculada a não deixar o lugar em que mora, ou seja, o desejo do idoso em permanecer no contexto em que reside. Porém os motivos são diferentes, enquanto que para os idosos urbanos está mais relacionado ao tempo que vivem no mesmo lugar, para os ribeirinhos está mais ligado ao fato de ser um lugar calmo e tranquilo. Conclui-se a necessidade de investigar com maior precisão a percepção negativa dos idosos sobre o envelhecer sendo ele multifacetado a fim de que possam ser criadas proposições de políticas Públicas que favoreçam tanto a longevidade quanto a qualidade de vida deste idoso.
References
BALBINOTTI, M. Inventário de motivação aplicado a atividade física. Porto Alegre: Laboratório de Psicologia do Esporte/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003.
BIBLIOTECA IBGE. Disponível < https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html?id=42472&view=detalhes > Acesso em 09 de jul. 2019.
CAMARGO, B. V.; JUSTO, A. M. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Rev. Temas em psicologia, Ribeirão Preto, v. 21, n. 2, p. 513-18, 2013.
CENSO DEMOGRÁFICO, 2010. Dados populacionais da cidade de Belém. Disponível em: < http://www.censo 2010.ibge.gov.br >. Acesso em 20 de jan. de 2018.
DUARTE, E. C., & BARRETO, S. M. Transição demográfica e epidemiológica: a Epidemiologia e Serviços de Saúde revisita e atualiza o tema. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 21(4), 529-532. 2012.
FILHO.M.J. Marco Textual: Belém Ribeirinha. Rev. Instituto Peabiru; Belém PA.15 de Dez.2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Perfil dos Idosos Responsáveis pelos Domicílios. Recuperado em 15 setembro, 2016, de Disponível em : <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/25072002pidoso.shtm. > Acesso em 02 de jan. de 2018
Ilha de Cotijuba. Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_de_Cotijuba > Acesso em 09 de jul. 2019.
LITVOC, J., & BRITO, F. C. Envelhecimento: Prevenção e Promoção da Saúde. São Paulo: Atheneu.
NERI, A.L. Qualidade de vida e idade madura. (org).Campinas: Papirus, 1993.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Envelhecimento ativo: uma política de saúde. (tradução de Gontijo, S.). Brasília-DF, 2005.
Outeiro (Belém). Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Outeiro_(Bel%C3%A9m) > Acesso em 09 de jul. 2019
PREFEITURA DE BELÉM. Disponível em: < Belem.pa.gov.br> Acesso em 05 de fev. de 2018.
População Guamá – Belém. Disponível em:<http://populacao.net.br/populacao-guama_belem_pa.html > Acesso em : 15 de fev. de 2018.
População da Pedreira Belém. Disponível em: < http://populacao.net.br/populacao-pedreira_belem_pa.html > Acesso em 15 de fev. 2018.
RIBEIRO, P. C. C.; YASSUDA, M. Cognição, estilo de vida e qualidade de vida na velhice. In A. L. Neri (Org.), Qualidade de vida na velhice: enfoque multidisciplinar. Campinas: Atheneu, p.189-204. 2007.
SHEIKH, J.I.; YESAVAGE, J.A. Geriatric depression scale (GDS): recent evidence and development of a shorter version. Clin. Gerontol, v.5, p. 165-73. 1986.
SILVA, V. Velhice e envelhecimento: Qualidade de vida para os idosos inseridos nos projetos do sesc-estreito. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009.
MARTINES, M, G, S. O morar na velhice: expectativas entre envelhescentes. Programa de estudos Pós-Graduados em Gerontologia. São Paulo, 2008.
MEIRELLES, S, M, P. A questão da saúde na Amazônia. Apresentando ao seminário sobre ‘’Tecnologia para os Assentamentos Urbanos nos Trópicos Úmidos’’. IPEA/CEPAL, Manaus, 1987.
NASCIMENTO, R, G; CARDOSO, R, O; SANTOS, Z, N, L; PINTO, D, S; & MAGALHÃES, C, M, C. Percepção de idosos ribeirinhos amazônicos sobreo processo de envelhecimento: o saber empírico que vem dos rios. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2016; 19(3):429-440.
KEONG, Ana Marta Pequito Antunes. A Auto-percepção do Envelhecimento em Idosos Viúvas. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2010. Disponível em: . Acesso em: 10 de nov. de 2018.
WANDERLEY, M, N, B. Reencontro com o Nordeste: itinerários de pesquisa e construção do campo intelectual dos estudos rurais. Estudos de Sociologia, n. 1, v. 5, 28p, 2008.
VER-BELÉM COTIJUBA Disponível em <http://www.belem.pa.gov.br/ver-belem/detalhe.php?p=191&i=1 > Acesso em 09 de jul. 2019.