Perfil epidemiológico da esquistossomose nos municípios da costa das baleias no período de 2001 a 2017 / Epidemiological profile of schistosomiasis in the whales coast cities in the period 2001 to 2017

Autores

  • Guilherme Ressurreição Chiles
  • Sâmyla Laguna Santana Costa
  • Jorge Luiz Fortuna

DOI:

https://doi.org/10.34188/bjaerv3n2-001

Palavras-chave:

Schistosoma, Epidemiologia, Biomphalaria, SINAN.

Resumo

No Brasil, estima-se que 1,5 milhões de pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair esquistossomose, e até o presente não há intervenções de sucesso para a interrupção da transmissão, tampouco redução da prevalência em nível inferior a 5,0%. Devido à escassez de estudos epidemiológicos sobre esquistossomose nos municípios que formam a Costa das Baleias (Bahia), buscou-se contribuir para a ampliação dos conhecimentos sobre esta parasitose. Esta pesquisa teve como objetivo analisar dados epidemiológicos de esquistossomose notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2001-2017 nos municípios que formam a Costa das Baleias, Extremo Sul da Bahia. Realizou-se um estudo epidemiológico analítico observacional descritivo onde dados das variáveis quantitativa e qualitativa da esquistossomose foram coletados no SINAN. No período de 2001-2017, foram notificados 544 casos de esquistossomose, havendo uma prevalência na faixa etária entre 20 e 39 anos, com predominância no sexo feminino 281 (51,65%). Um dos problemas frequentemente encontrado nesta pesquisa foram os casos de subnotificação ocorridos durante o período estudado, pois houve uma oscilação nas notificações recorrente ao longo dos anos. Atualmente, a esquistossomose é um problema real de saúde pública, sendo necessário investir em políticas de saneamento básico.

Referências

BINA, J. C.; PRATA, A. Esquistossomose na área hiperendêmica de Taquarendi. I – Infecção pelo Schistosoma mansoni e formas graves. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 36, n. 2, p. 211-216, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância da Esquistossomose Mansoni: diretrizes técnicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. 4. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

CAMARGO, E. A. F.; BOAVENTURA, J. C. S. Características epidemiológicas da esquistossomose em Mogi Guaçu, São Paulo. Interciência & Sociedade. v. 3, n. 2, p. 27-32, 2014.

CARDIM, L. L.; FERRAUDO, A. S.; PACHECO, S. T. A.; REIS, R. B.; SILVA, M. M. N.; CARNEIRO, D. D. M. T.; BAVIA, M. E. Análises espaciais na identificação das áreas de risco para a esquistossomose mansônica no Município de Lauro de Freitas, Bahia, Brasil. Caderno de Saúde Pública, v. 27, n. 5, p. 899-908, 2011.

CARVALHO, I. B. Avaliação do Programa de vigilância e controle da esquistossomose no município de São Luís, MA. 2014. 121 p. Dissertação (Mestrado em Saúde e Ambiente). Universidade Federal do Maranhão.

CIMERMAN, B; CIMERMAN, S. Parasitologia Humana e seus Fundamentos Gerais. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2001. 494 p.

COURA, J. R.; AMARAL, R. S. Epidemiological and control aspects of schistosomiasis in Brazilian endemic areas. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. v.99 (Suppl. 1), p. 13-19, 2004.

COURA-FILHO, P. Distribuição da esquistossomose no espaço urbano. 1. O caso da região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Caderno de Saúde Pública. v. 13, n. 2, p. 245-255. 1997.

CUNHA, L. A. D; GUEDES, S. A. G. Prevalência de esquistossomose mansônica na cidade de Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, 2001 – 2006. Ideias & Inovação. v. 1, n. 1, p. 41-48, 2012.

GUIMARÃES, M. D. C.; COSTA, M. F. F. L.; LIMA, L.B.; MOREIRA, M. A. Estudo clínico-epidemiológico da esquistossomose mansoni em escolares da Ilha, município de Arques, Revista de Saúde Pública, v. 19, p. 8-17, 1985.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Brasil. Bahia. [online]. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/panorama> Acessado em 14 de novembro de 2017a

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo Demográfico 2010.CENSO2010. 2010a. [online]. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?&t=downloads> Acessado em 14 de novembro de 2017.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo Demográfico 2010.UF: Bahia. 2010b. [online]. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Resultados_Diario_Oficial_da_Uniao_2010_11_04/BA2010.pdf> Acessado em 14 de novembro de 2017.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Estimativas de População. [online]. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?edicao=17283&t=downloads> Acessado em 14 de novembro de 2017b.

JOIA, L. C.; NOVAIS, E. M. S.; ALMEIDA, E. N.; ARAÚJO, M. F.; ANDRADE, M. H. C. Referência de esquistossomose entre moradores em um município do interior da Bahia. RevistaAtenção Primária à Saúde, v. 13, n. 2, p. 210-216, 2010.

JORDÃO, M. C. C.; MACÊDO, V. K. B.; LIMA, A. F.; XAVIER JUNIOR, A. F. S. Caracterização do perfil epidemiológico da esquistossomose no estado de Alagoas. Cadernos de Graduação. Ciências Biológicas e da Saúde. v. 2, n. 2, p. 175-188, 2014.

KATZ, N.; ALMEIDA, K. Esquistossomose, xistosa, barriga d'água. Ciência e Cultura, v. 55, n. 1, p. 38-43, 2003.

KATZ, N.; PEIXOTO, S. V. Análise crítica da estimativa do número de portadores de esquistossomose mansoni no Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 33, n. 3, p. 303-308, 2000.

NERES, R. C. B; ARAÚJO, E. M; ROCHA, W. J. F. S; LACERDA, R. B. Caracterização epidemiológica dos casos de esquistossomose no município de Feira de Santana, Bahia – 2003-2006. Revista Baiana de Saúde Pública. v. 35, p. 28-37, 2011.

NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 390 p.

NUNES, F. C.; COSTA, M. C. E.; FILHOTE, M. I. F.; SHARAPINN, M. Perfil Epidemiológico da esquistossomose mansoni no bairro Alto da Boa Vista. Rio de Janeiro. Cadernos Saúde Coletiva. v. 13, n. 3, p. 605-616, 2005.

PILATTI, A. C. A. Aspectos epidemiológicos dos casos de tuberculose pulmonar em Passo Fundo/RS de 2000 a 2004. 2005. 65 p. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade de Passo Fundo.

REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2010. 404 p.

RODRIGUES JUNIOR, C. A.; DIAS, F. C. F.; ROSA, R. T. A. S.; CARDOSO, C. R. L.; VELOSO, P. F. S.; MARIANO, S. M. B.; FIGUEIREDO, B. N. S. Esquistossomose na região norte do Brasil. Revista de Patologia do Tocantins. v. 4, n. 2, p. 58-61, 2017.

RODRIGUES, D.; LACERDA, D.; GUSMÃO, E.; COLARES, F.; MOTA, V. Forma pseudoneoplásica de esquistossomose pulmonar crônica sem hipertensão pulmonar. Jornal Brasileiro de Pneumologia. v. 35, n. 5, 2009.

ROLLEMBERG, C. V. V.; SANTOS, C. M. B.; SILVA, M. B. L.; SOUZA, A. M. B.; SILVA, A. M.; ALMEIDA, J. A. P.; ALMEIDA, R. P.; JESUS, A. R. Aspectos epidemiológicos e distribuição geográfica da esquistossomose e geo-helmintos, no Estado de Sergipe, de acordo com os dados do Programa de Controle da Esquistossomose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 44, n. 1, p. 91-96, 2011.

SANTOS, C. S; RIBEIRO, A. S.Estudo do Controle biológico da esquistossomose em escolas públicas do estado de Sergipe.REMPEC. Ensino, Saúde e Ambiente. v. 3, n. 3, p. 64-79, 2010.

SILVA, G. C.; SOUZA, A. P. Perfil epidemiológico de parasitoses intestinais em um município do sertão baiano. Saúde em Redes. v. 3, n. 3, p. 214-221, 2017.

SILVA, P. C. V; DOMINGUES, A. L. C. Aspectos epidemiológicos da esquistossomose hepatoesplênica no Estado de Pernambuco, Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 20, n. 3, p. 327-336, 2011.

SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Ministério da Saúde (MS). Sistema Único de Saúde (SUS). Portal da Saúde. Esquistossomose – Casos Confirmados Notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Bahia. [online]. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinannet/cnv/esquistoba.def> Acessado em 02 de novembro de 2017.

SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Ministério da Saúde (MS). Sistema Único de Saúde (SUS). O Sinan. [online]. Disponível em: <http://portalsinan.saude.gov.br/o-sinan>. Acesso em 10 de maio de 2018.

SOUZA, G. G. S.; CERQUEIRA, E. J. L. Ocorrências de esquistossomose mansônica no estado da Bahia – Brasil no período de 2007 a 2014. Revista Diálogos & Ciência (D&C), v. 2, n. 40, p. 81-100, 2017.

SOUZA, M. A. A.; BARBOSA, V. S.; WANDERLEI, T. N. G.; BARBOSA, C. S. Criadouros de Biomphalaria, temporários e permanentes, em Jaboatão dos Guararapes, PE. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. v. 41, n. 3, p. 252-256, 2008.

SPALA, M. R. Esquistossomose no Espírito Santo. 2013. 72 p. Dissertação (Mestrado). UFES / Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN). Departamento de Geografia (DPGEO).

VIDAL, L. M.; BARBOSA, A. S.; RIBEIRO, R. M. C.; SILVA, L. W. S.; VILELA, A. B. A.; PRADO, F. O. Considerações sobre esquistossomose mansônica no município de Jequié, Bahia. Revista de Patologia Tropical. v. 40, n. 4, p. 367-382, 2011.

Downloads

Publicado

2020-04-24

Como Citar

Chiles, G. R., Costa, S. L. S., & Fortuna, J. L. (2020). Perfil epidemiológico da esquistossomose nos municípios da costa das baleias no período de 2001 a 2017 / Epidemiological profile of schistosomiasis in the whales coast cities in the period 2001 to 2017. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, 3(2), 405–422. https://doi.org/10.34188/bjaerv3n2-001

Edição

Seção

Artigos originais